K. Tupinambá, Maria Lúcia Bastos Alves, Josenildo Campos Brussio
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Abstract
Este estudo versa sobre os erveiros do Mercado Ver-o-Peso, em Belém/PA, que dominam o saber das ervas,produzindo os produtos para cura dos males do corpo e da alma. Entretanto, o ofício das ervas tem seu valor enquanto alteridade local subjulgada, ao ser esse ofício representado como atrativo exótico autêntico, palatável ao fluxo turístico, visitado como uma vitrine do Ver-o-Peso, enquanto cartão postal. Portanto, este trabalho visa a rastrear a memória oral dos erveiros, bem como seus desdobramentos enquanto legado de resistência ao discurso hegemônico patrimonial e turístico do mercado. Metodologicamente, a pesquisa foi realizada antes e pós pandemia. Na primeira fase foi realizada análise qualitativa da natureza da arte dos erveiros, enquanto na segunda foi realizado um estudo etnográfico, concatenado com a história oral. Entre os resultados, foi possível discutir uma proposta alternativa de patrimônio, germinada pelos constructos antropológicos, em que o olhar dos erveiros enquanto “outros” é trazido para o centro do debate.