Eduarda Capra Bertolin, Andressa Rafaela de Moura Hining, Mariana Longhi Zandonai, Andreia Scapini, Natália de Moraes Soster, Claudete Rempel, C. R. V. D. Sand
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Abstract
OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura com a finalidade de avaliar o perfil epidemiológico, a presença de fatores de risco para SCA, o tipo de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) mais prevalente e as alterações laboratoriais relacionadas a estado de hipercoagulabilidade, de pacientes que tiveram diagnóstico de COVID-19 e evoluíram para IAM. MÉTODOS: Revisão narrativa da literatura utilizando o PUBMED, com os descritores “Acute coronary syndromes” + “COVID-19” e “myocardial infarction” + “COVID-19”, presentes no título ou resumo dos artigos. Foram selecionados 26 relatos ou séries de casos em qualquer língua, publicados entre janeiro e dezembro de 2020 e referentes exclusivamente a IAM ou SCA decorrentes da COVID-19. RESULTADOS: Observou-se maior prevalência de IAMCSST em homens e a incidência foi maior após a quinta década de vida. As artérias mais comumente ocluídas foram Descendente Anterior e Coronária Direita. Valores alterados de troponina, D-dímero e proteína C reativa foram associados à maior mortalidade. Os fatores de risco mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e obesidade, respectivamente. CONCLUSÃO: Os dados sugerem que a própria infecção viral atue como fator de risco para ocorrência do evento isquêmico, já que muitos pacientes com COVID-19 desenvolveram IAM sem comorbidades prévias associadas.