Acordos de compartilhamento de risco entre sistema públicos de saúde e a indústria farmacêutica de medicamentos

G. Valencia, J. Bulgareli
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A fim de garantir o acesso à população e diminuir o risco do pagador na etapa de incorporação e compra dos medicamentos, desde os anos 2000, são propostos os chamados acordos de compartilhamento de riscos (risk sharing agreement entre outras denominações). Acordos de compartilhamento de risco podem ser baseados em critérios financeiros como volume e desconto e, os mais recentes, baseados em performance. Neste último cenário, o pagador, no caso o Sistema Público de Saúde, aceita incorporar por um certo período pré-determinado uma droga para um grupo de pacientes específicos na condição da Indústria Farmacêutica aceitar um preço dependente do desfecho real que a droga apresentar. Dessa forma, o risco antes concentrado no gestor, passa a ser dividido com a Indústria Farmacêutica. Com esse tipo de acordo, o pagador também visa uma futura flexibilização do preço do medicamento. Fica evidente que acordos de compartilhamento de risco são bem-vindos para o caso de medicamentos onerosos e que nem sempre possuem completa evidência do desfecho clínico como drogas oncológicas, terapias gênicas e para doenças raras. Além da incontestável barreira da capacidade de negociação do gestor, acordos de compartilhamento de risco pressupõem a necessidade de coleta de dados de qualidade da vida real, pois em muitos casos o desfecho do paciente é condição primária para o pagamento da terapia. Esbarra-se em outro grande desafio: definir qual o indicador de desfecho clínico será avaliado. Soma-se a necessidade de sistema de informação com capacidade de concentrar dados desse indicador, questões de confidencialidade, transparência e burocracia além da definição de quem fará a avaliação desse indicador. Em paralelo, deve-se definir o tempo que esse monitoramento irá ocorrer. É notável que haja preocupação importante da perspectiva jurídica e de gestão desses acordos de compartilhamento de risco. Outros desafios podem ser destacados no campo econômico. Por exemplo, relata-se na literatura a falta de informações financeiras pós implementação, para quantificar se os resultados realmente foram alcançados. Mesmo com essa falta de dados em geral, há exemplos quantitativos favoráveis. Visto que o SUS está iniciando a realização de acordos inovadores, neste presente trabalho, objetivou-se avaliar o que a literatura científica traz sobre as condições que viabilizam a implementação de acordos de compartilhamento de risco entre Sistema Públicos de Saúde e a indústria farmacêutica de medicamento. O método proposto é uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados BVS e PubMed. Para tal determinou-se a seguinte pergunta de pesquisa: “O que a literatura científica apresenta sobre acordos de compartilhamento de risco entre os Sistemas Públicos de Saúde e a indústria farmacêutica de medicamentos?”. A estratégia de busca foi dividida entre descritores em português, segundo DeCS, para busca na base BVS e descritores conforme MeSH, em inglês, para busca no PubMed. A sintaxe final foram: na BVS ((mh:(\"Participação no Risco Financeiro\")) OR (mh:(\"Reembolso de Incentivo\")) OR (mh:(\"Avaliação de Resultados em Cuidados de Saúde\")) OR (mh:(\"Mecanismo de Reembolso\"))) AND ((mh:(\"Medicina Estatal\")) OR (mh:(\"Assistência de Saúde Universal\")) OR (mh:(\"Programas Nacionais de Saúde\")) OR (mh:(\"Política de Saúde\")) OR (mh:(\"Sistema Único de Saúde\")) OR (mh:(\"Cobertura Universal do Seguro de Saúde\")) OR (mh:(\"Sistemas de Saúde\")) OR (mh:(\"Programas Governamentais\")) OR (mh:(\"Cobertura Universal de Saúde\")) OR (mh:(\"Acesso Universal aos Serviços de Saúde\")) OR (mh:(\"Estratégias para Cobertura Universal de Saúde\"))) AND ((mh:(\"Preparações Farmacêuticas\")) OR (mh:(\"indústria farmacêutica\")) OR (mh:(\"custos de medicamentos\"))) e no Pubmed, (((\"Reimbursement Mechanisms\"[MeSH Terms] OR \"outcome assessment, health care\"[MeSH Terms]) OR \"reimbursement, incentive\"[MeSH Terms]) OR \"risk sharing, financial\"[MeSH Terms]) AND ((((((\"State Medicine\"[MeSH Terms] OR \"Public Health Administration\"[MeSH Terms]) OR \"Universal Health Care\"[MeSH Terms]) OR \"National Health Programs\"[MeSH Terms]) OR \"Health Policy\"[MeSH Terms]) OR \"Universal Health Insurance\"[MeSH Terms]) OR \"Government Programs\"[MeSH Terms])) AND (\"Pharmaceutical Preparations\"[MeSH Terms] OR \"Drug Industry\"[MeSH Terms]) OR \"Drug Costs\"[MeSH Terms]). Dos 722 artigos levantados, a análise decorreu de 22 artigos, após exclusões por idioma, duplicata e aproximação com o tema. Como resultados esperados, pretende-se, a partir da experiência em outros países, conhecer os tipos de acordos de compartilhamento de risco e examinar as condições econômicas, jurídicas e/ou de gestão que limitaram ou promoveram esses acordos. Tem-se que acordos de compartilhamento de risco são recentes, portanto, ainda não há uma metodologia padrão de como devem ou não serem implementados, entretanto são extremamente contemporâneos e em evolução. Em análise preliminar dos resultados da estratégia de busca, observou-se que os artigos se concentram nos anos de nos anos mais recentes, especialmente após 2010, evidenciando que os acordos estão aumentando em número. A grande maioria trata de experiências relacionadas a medicamentos oncológicos ou para doenças raras, por serem onerosos e muitas vezes com baixa quantidade de evidências clínicas. É observado que os artigos se concentram em países europeus e que a discussão, definição e implementação dos acordos estão intimamente relacionadas ao processo de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Os autores mostram-se otimistas com os acordos de compartilhamento implementados como forma alternativa de compra, mencionando que o acesso ao medicamento pela população foi facilitado e houve significativa diminuição dos gastos pelos Sistemas de Saúde. No entanto, levantam barreiras importantes pós-implementação, como dificuldade de coleta de dados e poucos estudos que quantifiquem o impacto financeiro. Muitos artigos citam superficialmente os critérios, condições jurídicas e de gestão em qual os acordos de compartilhamento de risco foram celebrados. Tal fato pode indicar que, embora haja ganho evidente na celebração de acordos de compartilhamento de risco, há necessidade de que todas as partes envolvidas se aprofundem na discussão para que possam definir, por exemplo, diretrizes para expansão dessa modalidade.","PeriodicalId":358918,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.1052","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

O envelhecimento da população e aumento da prevalência de doenças crônicas são uma realidade que desafiam e desafiarão os Sistemas Públicos de Saúde, uma vez que aumentam significativamente os gastos com medicamentos. Por sua vez, as indústrias farmacêuticas lançam medicamentos cada vez mais rápido, caros e específicos. A incorporação de novos medicamentos é uma etapa frágil para o gestor público que fica responsável por todos os riscos caso o medicamento não funcione ou quanto ao tamanho exato da população que irá usar. A fim de garantir o acesso à população e diminuir o risco do pagador na etapa de incorporação e compra dos medicamentos, desde os anos 2000, são propostos os chamados acordos de compartilhamento de riscos (risk sharing agreement entre outras denominações). Acordos de compartilhamento de risco podem ser baseados em critérios financeiros como volume e desconto e, os mais recentes, baseados em performance. Neste último cenário, o pagador, no caso o Sistema Público de Saúde, aceita incorporar por um certo período pré-determinado uma droga para um grupo de pacientes específicos na condição da Indústria Farmacêutica aceitar um preço dependente do desfecho real que a droga apresentar. Dessa forma, o risco antes concentrado no gestor, passa a ser dividido com a Indústria Farmacêutica. Com esse tipo de acordo, o pagador também visa uma futura flexibilização do preço do medicamento. Fica evidente que acordos de compartilhamento de risco são bem-vindos para o caso de medicamentos onerosos e que nem sempre possuem completa evidência do desfecho clínico como drogas oncológicas, terapias gênicas e para doenças raras. Além da incontestável barreira da capacidade de negociação do gestor, acordos de compartilhamento de risco pressupõem a necessidade de coleta de dados de qualidade da vida real, pois em muitos casos o desfecho do paciente é condição primária para o pagamento da terapia. Esbarra-se em outro grande desafio: definir qual o indicador de desfecho clínico será avaliado. Soma-se a necessidade de sistema de informação com capacidade de concentrar dados desse indicador, questões de confidencialidade, transparência e burocracia além da definição de quem fará a avaliação desse indicador. Em paralelo, deve-se definir o tempo que esse monitoramento irá ocorrer. É notável que haja preocupação importante da perspectiva jurídica e de gestão desses acordos de compartilhamento de risco. Outros desafios podem ser destacados no campo econômico. Por exemplo, relata-se na literatura a falta de informações financeiras pós implementação, para quantificar se os resultados realmente foram alcançados. Mesmo com essa falta de dados em geral, há exemplos quantitativos favoráveis. Visto que o SUS está iniciando a realização de acordos inovadores, neste presente trabalho, objetivou-se avaliar o que a literatura científica traz sobre as condições que viabilizam a implementação de acordos de compartilhamento de risco entre Sistema Públicos de Saúde e a indústria farmacêutica de medicamento. O método proposto é uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados BVS e PubMed. Para tal determinou-se a seguinte pergunta de pesquisa: “O que a literatura científica apresenta sobre acordos de compartilhamento de risco entre os Sistemas Públicos de Saúde e a indústria farmacêutica de medicamentos?”. A estratégia de busca foi dividida entre descritores em português, segundo DeCS, para busca na base BVS e descritores conforme MeSH, em inglês, para busca no PubMed. A sintaxe final foram: na BVS ((mh:("Participação no Risco Financeiro")) OR (mh:("Reembolso de Incentivo")) OR (mh:("Avaliação de Resultados em Cuidados de Saúde")) OR (mh:("Mecanismo de Reembolso"))) AND ((mh:("Medicina Estatal")) OR (mh:("Assistência de Saúde Universal")) OR (mh:("Programas Nacionais de Saúde")) OR (mh:("Política de Saúde")) OR (mh:("Sistema Único de Saúde")) OR (mh:("Cobertura Universal do Seguro de Saúde")) OR (mh:("Sistemas de Saúde")) OR (mh:("Programas Governamentais")) OR (mh:("Cobertura Universal de Saúde")) OR (mh:("Acesso Universal aos Serviços de Saúde")) OR (mh:("Estratégias para Cobertura Universal de Saúde"))) AND ((mh:("Preparações Farmacêuticas")) OR (mh:("indústria farmacêutica")) OR (mh:("custos de medicamentos"))) e no Pubmed, ((("Reimbursement Mechanisms"[MeSH Terms] OR "outcome assessment, health care"[MeSH Terms]) OR "reimbursement, incentive"[MeSH Terms]) OR "risk sharing, financial"[MeSH Terms]) AND (((((("State Medicine"[MeSH Terms] OR "Public Health Administration"[MeSH Terms]) OR "Universal Health Care"[MeSH Terms]) OR "National Health Programs"[MeSH Terms]) OR "Health Policy"[MeSH Terms]) OR "Universal Health Insurance"[MeSH Terms]) OR "Government Programs"[MeSH Terms])) AND ("Pharmaceutical Preparations"[MeSH Terms] OR "Drug Industry"[MeSH Terms]) OR "Drug Costs"[MeSH Terms]). Dos 722 artigos levantados, a análise decorreu de 22 artigos, após exclusões por idioma, duplicata e aproximação com o tema. Como resultados esperados, pretende-se, a partir da experiência em outros países, conhecer os tipos de acordos de compartilhamento de risco e examinar as condições econômicas, jurídicas e/ou de gestão que limitaram ou promoveram esses acordos. Tem-se que acordos de compartilhamento de risco são recentes, portanto, ainda não há uma metodologia padrão de como devem ou não serem implementados, entretanto são extremamente contemporâneos e em evolução. Em análise preliminar dos resultados da estratégia de busca, observou-se que os artigos se concentram nos anos de nos anos mais recentes, especialmente após 2010, evidenciando que os acordos estão aumentando em número. A grande maioria trata de experiências relacionadas a medicamentos oncológicos ou para doenças raras, por serem onerosos e muitas vezes com baixa quantidade de evidências clínicas. É observado que os artigos se concentram em países europeus e que a discussão, definição e implementação dos acordos estão intimamente relacionadas ao processo de Avaliação de Tecnologia em Saúde. Os autores mostram-se otimistas com os acordos de compartilhamento implementados como forma alternativa de compra, mencionando que o acesso ao medicamento pela população foi facilitado e houve significativa diminuição dos gastos pelos Sistemas de Saúde. No entanto, levantam barreiras importantes pós-implementação, como dificuldade de coleta de dados e poucos estudos que quantifiquem o impacto financeiro. Muitos artigos citam superficialmente os critérios, condições jurídicas e de gestão em qual os acordos de compartilhamento de risco foram celebrados. Tal fato pode indicar que, embora haja ganho evidente na celebração de acordos de compartilhamento de risco, há necessidade de que todas as partes envolvidas se aprofundem na discussão para que possam definir, por exemplo, diretrizes para expansão dessa modalidade.
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公共卫生系统和制药行业之间的风险分担协议
人口老龄化和慢性病流行率的增加是一个现实,挑战并将挑战公共卫生系统,因为它们显著增加了药物支出。反过来,制药行业推出的药物越来越快、更昂贵、更有针对性。对于公共管理人员来说,新药的引入是一个脆弱的阶段,如果药物不起作用,或者药物将使用的确切人口规模,他们要对所有风险负责。为了确保人口获得药品,并降低支付人在合并和购买药品阶段的风险,自2000年以来,提出了所谓的风险分担协议(其他名称之间的风险分担协议)。风险分担协议可以基于财务标准,如数量和折扣,以及最近的绩效。这一场景中,因此,公共卫生系统,并经过一段时间的预先确定的一个特定的一组病人在制药业的接受价格情况依赖于药物介绍的结果。因此,风险以前集中在管理者身上,现在与制药行业分担。通过这种协议,支付方还寻求在未来放宽药品价格。很明显,对于昂贵的药物,如肿瘤药物、基因疗法和罕见疾病,风险分担协议是受欢迎的,这些药物并不总是有充分的临床结果证据。除了管理者谈判能力的不可否认的障碍外,风险分担协议还假定需要收集真实生活质量的数据,因为在许多情况下,患者的结果是支付治疗费用的主要条件。它面临着另一个巨大的挑战:确定临床结果的指标将被评估。添加的需要信息系统和集中力的指标数据保密问题,透明度将成为官僚机构的定义的评估指标。同时,应该定义监视发生的时间。值得注意的是,对这些风险分担协议的法律和管理方面存在重大关切。在经济领域还可以强调其他挑战。例如,文献报道缺乏实施后的财务信息,以量化结果是否真的实现。尽管缺乏有利的定量数据一般有例子。由于单一卫生系统正在开始实施创新协议,本研究旨在评估科学文献带来的条件,使公共卫生系统和制药行业之间的风险分担协议的实施成为可能。该方法是一个集成的文献红色旅和PubMed数据库中。为此,我们确定了以下研究问题:“关于公共卫生系统和制药行业之间的风险分担协议,科学文献提出了什么?”搜索策略分为葡萄牙语描述符(根据DeCS)和英语描述符(根据MeSH),用于PubMed搜索。最后的语法是:在红色旅(mh(“参与金融风险”)或(mh:激励(“退款”)或(mh(“医疗结果评价”)或(mh(“补偿机制”)))和(mh状态:(“药”)或(mh(“全民卫生保健”)或国家卫生(mh(“项目”)或(mh(“健康政策”)或(mh(医疗系统)或(mh:(“全民覆盖的医疗保险”)或(mh(卫生系统)或(mh(政府项目)或(mh:(”报道全民健康”)或(mh:(“普及健康服务”))或(mh:(”策略为全民健康覆盖")))和((mh(制剂))或(mh(制药业))或(mh(" ")))以及成本在Pubmed,((((网状条款”或“Reimbursement机制结果评估,health care”“网格计算”)或“Reimbursement,鼓励“网状条款)或“风险共享,金融”(网状))和((((((“国家医学”“网格计算”或“公共健康管理”“网格计算”)或“全民医保”“网格计算”)或“国民健康计划”(网状)或“健康政策”“网格计算”)或“全民健康保险”(网状)或“政府计划”(网状))和(“制药药品“网格计算”或“对”向“(网状)或“药物成本”(网状)。在收集的722篇文章中,分析了22篇文章,根据语言、重复和主题方法进行了排除。 作为预期的结果,我们打算根据其他国家的经验,了解风险分担协议的类型,并检查限制或促进这些协议的经济、法律和/或管理条件。风险分担协议是最近才出现的,因此,对于如何或不如何实施,仍然没有标准的方法,但它们是非常当代和不断发展的。在对搜索策略结果的初步分析中,观察到文章集中在最近几年,特别是2010年之后,表明协议的数量正在增加。绝大多数涉及与癌症药物或罕见疾病相关的实验,因为它们成本高,而且往往缺乏临床证据。有人指出,这些条款以欧洲国家为重点,协定的讨论、定义和执行与卫生技术评价进程密切相关。作者对共享协议作为一种替代购买形式的实施持乐观态度,提到人口获得药物的便利,卫生系统的支出显著减少。然而,它们在实施后造成了重要的障碍,如数据收集困难和量化财务影响的研究很少。许多文章肤浅地引用了签订风险分担协议的标准、法律和管理条件。这一事实可能表明,虽然在缔结风险分担协议方面取得了明显的进展,但所有有关各方都有必要深化讨论,以便确定,例如,扩大这一模式的指导方针。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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