{"title":"A AUTORIDADE DO PROFESSOR NEGRO: UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES E PROFESSORES/AS DOS ANOS INICIAIS","authors":"Heloisa Martins Florenço, G. Volpato","doi":"10.18616/rsp.v5i3.6894","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou discutir questões referentes a autoridade do professor negro a partir da percepção de estudantes e de professores/as negros/as que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. O estudo buscou compreender a autoridade do docente e relacioná-las com a figura do professor/a negro/a identificando se sofrem algum tipo de depreciação ou preconceito por conta de sua cor. Dialogamos sobre a autoridade a partir das visões de Aquino (2014), D’Antola (1989), Francisco (1999), Freire (1987), Hannah Arendt (2013), Schmidt, Ribas e Carvalho (1989), Volpato, Moreira e Bittencourt (2020) entre outros. Sobre a questão da negritude, dialogamos com Artes e Ricoldi (2015), Beccari (2005), Domingues (2005), Farias (2019), Paixão e Gomes (2008), Prudente (2020), Saldanã (2019), Santos e Scopinho (2011), Silva (2011), Wachholz (2016), além da Constituição da República Federativa (1988) e a Lei nº 7.716 (1989). Os sujeitos da pesquisa foram 10 professores/as negros/as e 10 estudantes do 5º ano de uma escola da Rede Municipal de Criciúma. Na pesquisa, de abordagem qualitativa, foi utilizado o questionário, como técnica de coleta de dados, interpretados à luz dos princípios da análise de conteúdo. A partir da pesquisa, chegamos à conclusão que os estudantes pesquisados demonstraram que tem na figura do/a professor/a a referência de autoridade, sem distinção de cor. Já 08 professores/as dos 10 pesquisados alegam que sentem sua autoridade diminuída e as vezes ameaçada, tendo que demandar mais esforços para que a autoridade seja reconhecida como tal e que o preconceito por causa da cor ainda se faz presente no âmbito da escola e da comunidade, na maioria das vezes velada, mas sentida por eles/as.","PeriodicalId":333247,"journal":{"name":"Revista Saberes Pedagógicos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Saberes Pedagógicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18616/rsp.v5i3.6894","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou discutir questões referentes a autoridade do professor negro a partir da percepção de estudantes e de professores/as negros/as que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. O estudo buscou compreender a autoridade do docente e relacioná-las com a figura do professor/a negro/a identificando se sofrem algum tipo de depreciação ou preconceito por conta de sua cor. Dialogamos sobre a autoridade a partir das visões de Aquino (2014), D’Antola (1989), Francisco (1999), Freire (1987), Hannah Arendt (2013), Schmidt, Ribas e Carvalho (1989), Volpato, Moreira e Bittencourt (2020) entre outros. Sobre a questão da negritude, dialogamos com Artes e Ricoldi (2015), Beccari (2005), Domingues (2005), Farias (2019), Paixão e Gomes (2008), Prudente (2020), Saldanã (2019), Santos e Scopinho (2011), Silva (2011), Wachholz (2016), além da Constituição da República Federativa (1988) e a Lei nº 7.716 (1989). Os sujeitos da pesquisa foram 10 professores/as negros/as e 10 estudantes do 5º ano de uma escola da Rede Municipal de Criciúma. Na pesquisa, de abordagem qualitativa, foi utilizado o questionário, como técnica de coleta de dados, interpretados à luz dos princípios da análise de conteúdo. A partir da pesquisa, chegamos à conclusão que os estudantes pesquisados demonstraram que tem na figura do/a professor/a a referência de autoridade, sem distinção de cor. Já 08 professores/as dos 10 pesquisados alegam que sentem sua autoridade diminuída e as vezes ameaçada, tendo que demandar mais esforços para que a autoridade seja reconhecida como tal e que o preconceito por causa da cor ainda se faz presente no âmbito da escola e da comunidade, na maioria das vezes velada, mas sentida por eles/as.