Estudo osteométrico em fêmures secos de humanos e sua relação com o Dimorfismo Sexual em uma população da região nordeste do Brasil

Abstract

A Antropologia Forense é o ramo da Antropologia Física que lida com as perícias criminais de ossadas e de cadáveres carbonizados ou em estado avançado de decomposição. A estimativa do sexo é uma etapa essencial para identificar indivíduos desconhecidos e geralmente depende da presença de ossos altamente dimórficos, como a pelve e o crânio. O presente estudo tem por finalidade avaliar três medidas lineares em fêmures secos de adultos e relacioná-las com o dimorfismo sexual. Para o nosso estudo foram utilizados 250 fêmures, sendo 88 do sexo feminino e 162 do sexo masculino, compreendidos na faixa etária entre 20 e 95 anos. Este material pertence ao Centro de Antropologia Forense da FAP-Araripina. As medidas utilizadas foram: comprimento do fêmur (CF), distância inter-epicôndilos (DIE) e distância inter-trocantérica (DIT).  Com relação ao sexo masculino, a média do comprimento dos fêmures foi de 451,04mm, da distância inter-epicôndilos de 80,0mm e da distância inter-trocantérica de 59,35mm. No sexo feminino as médias foram: comprimento dos fêmures de 420,72mm, distância inter-epicôndilos de 71,81mm e distância inter-trocantérica de 53,37mm. Observamos que os fêmures do sexo masculino apresentaram dimensões maiores do que os do sexo feminino. É possível que metodologias como a empregada no presente estudo, isolada ou ao lado de outras, possam vir a contribuir para o acerto de pesquisas sobre a investigação do sexo dentro da Medicina Legal, Antropologia Forense e de outros campos de estudo afins.