{"title":"Inteligência artificial aplicada à criação artística: a emergência do novo artífice","authors":"E. N. Medina, Mauricius Martins Farina","doi":"10.11606/issn.2596-2477.i44p68-81","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A iminência dos desenvolvimentos tecnocientíficos observados sobretudo a partir dos anos 1960 tem ampliado as maneiras como artistas podem se expressar, principalmente mediante a adoção e colaboração com interfaces inteligentes, que cada vez mais assimilam qualidades humanas e são capazes de assistir a criação. Deste cenário emerge o acoplamento homem-máquina, que embaralha a práxis e se materializa na hibridação – uma simbiose que adota o corpo enquanto metáfora para simbolizar sistemas complexos de naturezas distintas, orgânicas e inorgânicas. A partir do entendimento da necessidade de se refletir sobre a criatividade artística na dimensão artificial, experimentadas numa dinâmica de cocriação, o artigo irá destacar algumas características de um cenário em que a gestação de obras artificializadas implica a adoção de discursos antropomorfizados capazes de assimilar a metamorfose que simboliza tanto uma nova geração de imagens técnicas, quanto um novo momento para a arte e a ciência. A análise se constrói a partir das noções de imagem técnica (FLUSSER), incorpora o pensamento de sistemas enquanto corpos (ZUANON) e apresenta brevemente as noções de embodiment, emoção e sociabilidade (SUCHMAN) como elementos para pensar os próximos passos da criação assistida por interfaces inteligentes. A plataforma de criação Playform auxilia a construção da narrativa.","PeriodicalId":426966,"journal":{"name":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","volume":"148 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i44p68-81","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A iminência dos desenvolvimentos tecnocientíficos observados sobretudo a partir dos anos 1960 tem ampliado as maneiras como artistas podem se expressar, principalmente mediante a adoção e colaboração com interfaces inteligentes, que cada vez mais assimilam qualidades humanas e são capazes de assistir a criação. Deste cenário emerge o acoplamento homem-máquina, que embaralha a práxis e se materializa na hibridação – uma simbiose que adota o corpo enquanto metáfora para simbolizar sistemas complexos de naturezas distintas, orgânicas e inorgânicas. A partir do entendimento da necessidade de se refletir sobre a criatividade artística na dimensão artificial, experimentadas numa dinâmica de cocriação, o artigo irá destacar algumas características de um cenário em que a gestação de obras artificializadas implica a adoção de discursos antropomorfizados capazes de assimilar a metamorfose que simboliza tanto uma nova geração de imagens técnicas, quanto um novo momento para a arte e a ciência. A análise se constrói a partir das noções de imagem técnica (FLUSSER), incorpora o pensamento de sistemas enquanto corpos (ZUANON) e apresenta brevemente as noções de embodiment, emoção e sociabilidade (SUCHMAN) como elementos para pensar os próximos passos da criação assistida por interfaces inteligentes. A plataforma de criação Playform auxilia a construção da narrativa.