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Abstract
O objetivo do presente artigo é analisar o papel da escola frente às experiências de negação do reconhecimento social vivenciadas por estudantes periféricos, bem como na superação dos desafios existentes na relação subalternizada deste grupo com o Estado, ancorando-se, notadamente, na teoria crítico-normativa de Axel Honneth. A base empírica da pesquisa consistiu na aplicação de questionários e rodas de conversa com estudantes periféricos de ensino médio de uma escola estadual pública. Observou-se que morar na periferia é um marcador de diferença nas cidades que favorece a associação com a pobreza e o crime e que a individualidade dos estudantes é maculada, na medida em que são impossibilitados de se perceberem dotados de capacidades consideradas relevantes para a vida social. Para promover o reconhecimento, a experiência periférica deve ser problematizada na escola, apostando-se que a “leitura de mundo” pode desfazer os estigmas e a marginalização.