{"title":"ENSINO DA QUÍMICA NA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: CONSIDERAÇÕES SOBRE CONTEÚDO E FORMA PARA PENSARMOS O TRABALHO PEDAGÓGICO CONCRETO","authors":"Hélio da Silva Messeder Neto","doi":"10.22600/1518-8795.ienci2022v27n2p271","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Estudos mais recentes da didática da pedagogia histórico-crítica têm mostrado que a comunidade do Ensino de Química tem se apropriado de modo mecanicista dessa pedagogia, restringindo-se a seguir de maneira linear ou alternada os chamados cinco momentos (prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno a prática social). Entendendo essa problemática, e tentando avançar para além da crítica, esse texto traz considerações sobre as dimensões do conteúdo e da forma, dois pilares que são essenciais quando tratamos da práxis pedagógica histórico-crítica de um professor de química. A partir de um estudo teórico, defendemos que um educador químico que deseja avançar na materialização da pedagogia histórico-crítica precisa se preocupar em ensinar conteúdos que sejam reais, dinâmicos e concretos, de modo que não esteja restrito a ensinar abstrações internas da ciência. No campo da forma, defendemos que nenhum procedimento didático deve ser vetado a priori por um professor que quer trabalhar com essa pedagogia; a ressalva é que tais procedimentos só devem ser utilizados se estiverem à serviço de ensinarem os conceitos na sua forma científica, erudita. Por fim, concluímos com a esperança de que este texto contribua com o trabalho pedagógico do professor de química e do pesquisador da área de Ensino de Ciências, de modo que tais profissionais possam desenvolver suas atividades didáticas e de investigação da forma mais consciente e criativa, evitando mecanicismos e com vistas à formação de um sujeito que contribuirá para superação desse modo vigente de produção.","PeriodicalId":101883,"journal":{"name":"Investigações em Ensino de Ciências","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Investigações em Ensino de Ciências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22600/1518-8795.ienci2022v27n2p271","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Estudos mais recentes da didática da pedagogia histórico-crítica têm mostrado que a comunidade do Ensino de Química tem se apropriado de modo mecanicista dessa pedagogia, restringindo-se a seguir de maneira linear ou alternada os chamados cinco momentos (prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno a prática social). Entendendo essa problemática, e tentando avançar para além da crítica, esse texto traz considerações sobre as dimensões do conteúdo e da forma, dois pilares que são essenciais quando tratamos da práxis pedagógica histórico-crítica de um professor de química. A partir de um estudo teórico, defendemos que um educador químico que deseja avançar na materialização da pedagogia histórico-crítica precisa se preocupar em ensinar conteúdos que sejam reais, dinâmicos e concretos, de modo que não esteja restrito a ensinar abstrações internas da ciência. No campo da forma, defendemos que nenhum procedimento didático deve ser vetado a priori por um professor que quer trabalhar com essa pedagogia; a ressalva é que tais procedimentos só devem ser utilizados se estiverem à serviço de ensinarem os conceitos na sua forma científica, erudita. Por fim, concluímos com a esperança de que este texto contribua com o trabalho pedagógico do professor de química e do pesquisador da área de Ensino de Ciências, de modo que tais profissionais possam desenvolver suas atividades didáticas e de investigação da forma mais consciente e criativa, evitando mecanicismos e com vistas à formação de um sujeito que contribuirá para superação desse modo vigente de produção.