{"title":"O cômico e o trágico no conto O Telegrama de Ataxerxes, de Aníbal Machado","authors":"José Mário Jovanelli, Altamir Botoso","doi":"10.35499/tl.v15i1.11402","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo visa analisar o conto “O telegrama de Ataxerxes”, de Aníbal Machado, sob a perspectiva do percurso do personagem em sua tentativa de alcançar o objeto de valor que transformará sua existência. A inaptidão para redigir o telegrama que permitirá o acesso ao amigo de infância, então Chefe da Nação, é um dos obstáculos que enfrenta. A partir de um advento nomeado por Walter Benjamim de “iluminação profana”, o protagonista estabelece conjunção com seu sonho e percorre um caminho marcado pelo acaso, num jogo entre essência e aparência, realidade e fantasia. Movido pela ilusão, aproxima-se da figura caricata de um alazon moderno. No plano da enunciação, o ironista compõe no conto a alazonia em diferentes situações e modelos de ironia. A sua impotência diante dos fatos faz a diegese desaguar num anticlímax de tragédia. Herói no modelo irônico, sua figura desperta compaixão no leitor, espectador de uma situação que dissolve, no plano da realidade, os sonhos de Ataxerxes e potencializa seu drama na narrativa. Como suporte teórico para as análises, valer-nos-emos dos textos de Aristóteles (2008), Braith (2008), Candido (2002), Muecke (1995), Nadeau (2008), Rosenfeld (2006), Teixeira (2011), dentre outros.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tabuleiro de Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35499/tl.v15i1.11402","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo visa analisar o conto “O telegrama de Ataxerxes”, de Aníbal Machado, sob a perspectiva do percurso do personagem em sua tentativa de alcançar o objeto de valor que transformará sua existência. A inaptidão para redigir o telegrama que permitirá o acesso ao amigo de infância, então Chefe da Nação, é um dos obstáculos que enfrenta. A partir de um advento nomeado por Walter Benjamim de “iluminação profana”, o protagonista estabelece conjunção com seu sonho e percorre um caminho marcado pelo acaso, num jogo entre essência e aparência, realidade e fantasia. Movido pela ilusão, aproxima-se da figura caricata de um alazon moderno. No plano da enunciação, o ironista compõe no conto a alazonia em diferentes situações e modelos de ironia. A sua impotência diante dos fatos faz a diegese desaguar num anticlímax de tragédia. Herói no modelo irônico, sua figura desperta compaixão no leitor, espectador de uma situação que dissolve, no plano da realidade, os sonhos de Ataxerxes e potencializa seu drama na narrativa. Como suporte teórico para as análises, valer-nos-emos dos textos de Aristóteles (2008), Braith (2008), Candido (2002), Muecke (1995), Nadeau (2008), Rosenfeld (2006), Teixeira (2011), dentre outros.