Análise de como a inscrição de identidades sob rasuras, no contexto pós-colonial, promoveu a desconstrução da ideologia colonial, bem como da supremacia e hegemonia da identidade masculina, a partir da análise do romance Balada de amor ao vento de Paulina Chiziane.
{"title":"Rasuras pós-coloniais e identitárias em Balada de Amor ao Vento de Paulina Chiziane","authors":"L. S. Neiva","doi":"10.35499/tl.v16i2.15041","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15041","url":null,"abstract":"Análise de como a inscrição de identidades sob rasuras, no contexto pós-colonial, promoveu a desconstrução da ideologia colonial, bem como da supremacia e hegemonia da identidade masculina, a partir da análise do romance Balada de amor ao vento de Paulina Chiziane.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124546282","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabajo presenta los resultados de una investigación realizada en los Campus Universitarios de Castanhal y Cametá/Universidad Federal de Pará (2021-2022), en la Amazonia brasileña, cuyo objetivo ha sido estudiar las narraciones sobre Curupira. Nos centramos en observar cómo este ser sobrenatural se (re)presenta en el imaginario colectivo actual de la región, con el fin de comprobar si se trata de un dios vivo (CASCUDO, 2008) o del demonio al que se refirió el padre jesuita José de Anchieta, una de las más representativas figuras de la empresa colonizadora. Nuestra intención, además, es contribuir a desdemonizar a Curupira, ya que su “partida de nacimiento” datada del año 1560, por el citado sacerdote, habla de “un demonio de los Brasiles”. En este documento el colonizador europeo refleja la cosmovisión dominante, elaborando una imagen negativa del mito, al tiempo que destila prejuicios que perviven hasta nuestros días. Se ha llevado a cabo el trabajo por medio de entrevistas espontáneas y amistosas (MAGÁN, 2010), a través de las que se han obtenido treinta y nueve (39) relatos que, posterior y cuidadosamente, han sido analizados. La investigación ha demostrado que Curupira es defensor de la selva, guardián de los bosques, madre o padre de la jungla, y no un demonio. Por otro lado, nos ha revelado muchos de los secretos que guarda la enigmática y fascinante Amazonia.
本文介绍了在巴西亚马逊地区的Castanhal大学和cameta / para联邦大学(2021-2022)进行的一项研究的结果,其目的是研究关于Curupira的叙述。我们在观察这是超自然的想像中(re)介绍了该区域当前的集体,以验证是否涉及上帝活着(CASCUDO, 2008年)或魔鬼所提到的耶稣会士的父亲jose de Anchieta,殖民公司最具代表性的人物之一。此外,我们的目的是帮助去妖魔化Curupira,因为他的“出生证明”可以追溯到1560年,由上述牧师,提到“来自巴西的恶魔”。在这份文件中,欧洲殖民者反映了占主导地位的世界观,阐述了神话的负面形象,同时提炼出至今仍存在的偏见。这项工作是通过自发和友好的访谈进行的(magan, 2010),通过访谈获得了39(39)个故事,随后进行了仔细的分析。研究表明,库鲁皮拉是森林的守护者、森林的守护者、丛林的母亲或父亲,而不是恶魔。另一方面,它揭示了许多隐藏在神秘而迷人的亚马逊雨林中的秘密。
{"title":"La lengua del colonizador europeo y los mitos indígenas:","authors":"G. Araújo","doi":"10.35499/tl.v16i2.14805","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.14805","url":null,"abstract":"Este trabajo presenta los resultados de una investigación realizada en los Campus Universitarios de Castanhal y Cametá/Universidad Federal de Pará (2021-2022), en la Amazonia brasileña, cuyo objetivo ha sido estudiar las narraciones sobre Curupira. Nos centramos en observar cómo este ser sobrenatural se (re)presenta en el imaginario colectivo actual de la región, con el fin de comprobar si se trata de un dios vivo (CASCUDO, 2008) o del demonio al que se refirió el padre jesuita José de Anchieta, una de las más representativas figuras de la empresa colonizadora. Nuestra intención, además, es contribuir a desdemonizar a Curupira, ya que su “partida de nacimiento” datada del año 1560, por el citado sacerdote, habla de “un demonio de los Brasiles”. En este documento el colonizador europeo refleja la cosmovisión dominante, elaborando una imagen negativa del mito, al tiempo que destila prejuicios que perviven hasta nuestros días. Se ha llevado a cabo el trabajo por medio de entrevistas espontáneas y amistosas (MAGÁN, 2010), a través de las que se han obtenido treinta y nueve (39) relatos que, posterior y cuidadosamente, han sido analizados. La investigación ha demostrado que Curupira es defensor de la selva, guardián de los bosques, madre o padre de la jungla, y no un demonio. Por otro lado, nos ha revelado muchos de los secretos que guarda la enigmática y fascinante Amazonia.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126750342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este estudo situa-se no campo da Linguística Textual (LT), assumindo uma abordagem sociocognitivista, conforme os princípios teóricos dos estudos críticos do discurso de van Dijk (2012, 2016), que envolvem a relação linguagem, discurso, contexto e cognição. A proposta objetiva analisar cenas que evidenciem possíveis sentimentos de insegurança, apresentados pela personagem Lenu, em diferentes momentos da narrativa literária: A amiga genial, de Elena Ferrante, com base na teoria de modelos de contexto. Para tanto, utiliza-se a categoria: ‘O Eu-mesmo’ e suas subcategorias: a) o papel social dos sujeitos; e b) as relações entre os participantes; e ainda, a categoria: ‘ações/eventos comunicativos ou de outra natureza’. Metodologicamente, o estudo assume uma abordagem qualitativa, realizado por meio de pesquisa exploratória e bibliográfica. Para a exploração do fenômeno, foi realizada a seleção de doze trechos que constituíram o corpus de análise. Conclui-se que a insegurança de Lenu identificada a partir dos modelos de contextos, articulando a fase da infância e da adolescência, constitui uma característica contínua e recorrente na vida da personagem.
{"title":"Sentimentos de insegurança na personagem Lenu, em A amiga genial, de Elena Ferrante:","authors":"Francisco Renato Lima, M. Cavalcante","doi":"10.35499/tl.v16i2.15308","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15308","url":null,"abstract":"Este estudo situa-se no campo da Linguística Textual (LT), assumindo uma abordagem sociocognitivista, conforme os princípios teóricos dos estudos críticos do discurso de van Dijk (2012, 2016), que envolvem a relação linguagem, discurso, contexto e cognição. A proposta objetiva analisar cenas que evidenciem possíveis sentimentos de insegurança, apresentados pela personagem Lenu, em diferentes momentos da narrativa literária: A amiga genial, de Elena Ferrante, com base na teoria de modelos de contexto. Para tanto, utiliza-se a categoria: ‘O Eu-mesmo’ e suas subcategorias: a) o papel social dos sujeitos; e b) as relações entre os participantes; e ainda, a categoria: ‘ações/eventos comunicativos ou de outra natureza’. Metodologicamente, o estudo assume uma abordagem qualitativa, realizado por meio de pesquisa exploratória e bibliográfica. Para a exploração do fenômeno, foi realizada a seleção de doze trechos que constituíram o corpus de análise. Conclui-se que a insegurança de Lenu identificada a partir dos modelos de contextos, articulando a fase da infância e da adolescência, constitui uma característica contínua e recorrente na vida da personagem.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126931948","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Larissa Santos da Silva Bibo, Renato Rodrigues Pereira
Neste trabalho, apresentamos o resultado de um estudo que teve como objetivo geral verificar como se dá o tratamento lexicográfico dado às marcas diassistemáticas em dois dicionários escolares de tipo 4, que foram selecionados no contexto do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2012), quais sejam: Bechara (2011) e Aulete (2011), como forma de enfatizar a importância desse tipo de registro em dicionários dessa tipologia. Para tanto, ao orientarmo-nos por princípios teóricos e metodológicos da Lexicografia e de uma de suas vertentes, a Lexicografia Pedagógica, estabelecemos os seguintes objetivos: i) realizar breve revisão bibliográfica sobre o conceito de marcas de uso, como forma de situar nosso objeto de análise; ii) verificar, na estrutura lexicográfica de cada obra, se há informações sobre as marcas diassistemáticas, assim como, no caso de positivo, se os registros possuem coerência entre si. As análises demonstraram que, por um lado, o dicionário Aulete (2011) possui uma maior quantidade de marcas diassistemáticas em relação ao Bechara (2011), o que demonstra ter havido um olhar mais atento a esse aspecto durante o labor lexicográfico; por outro, as reflexões apontam para a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, em especial sobre a problemática relacionada à representação diatópica nos dicionários
{"title":"Marcas diassistemáticas em dicionários escolares do tipo 4:","authors":"Larissa Santos da Silva Bibo, Renato Rodrigues Pereira","doi":"10.35499/tl.v16i2.14788","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.14788","url":null,"abstract":"Neste trabalho, apresentamos o resultado de um estudo que teve como objetivo geral verificar como se dá o tratamento lexicográfico dado às marcas diassistemáticas em dois dicionários escolares de tipo 4, que foram selecionados no contexto do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2012), quais sejam: Bechara (2011) e Aulete (2011), como forma de enfatizar a importância desse tipo de registro em dicionários dessa tipologia. Para tanto, ao orientarmo-nos por princípios teóricos e metodológicos da Lexicografia e de uma de suas vertentes, a Lexicografia Pedagógica, estabelecemos os seguintes objetivos: i) realizar breve revisão bibliográfica sobre o conceito de marcas de uso, como forma de situar nosso objeto de análise; ii) verificar, na estrutura lexicográfica de cada obra, se há informações sobre as marcas diassistemáticas, assim como, no caso de positivo, se os registros possuem coerência entre si. As análises demonstraram que, por um lado, o dicionário Aulete (2011) possui uma maior quantidade de marcas diassistemáticas em relação ao Bechara (2011), o que demonstra ter havido um olhar mais atento a esse aspecto durante o labor lexicográfico; por outro, as reflexões apontam para a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, em especial sobre a problemática relacionada à representação diatópica nos dicionários","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"29 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113937903","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A fome, a miséria e a infância são temas comuns à literatura, e eles se unem no conto “O dia em que comemos Maria Dulce” (2015), extraído da obra com mesmo nome, do escritor paraibano Antônio Mariano. Em uma narrativa fantástica que atrai os leitores não apenas por sua ruptura com o real — principalmente na configuração de uma personagem de natureza dúbia de menina e doce —, vemos o fator social enquanto mola propulsora para o desenrolar da trama, atrelado à inquietante percepção da realidade, que carrega consigo certa plasticidade e lirismo próprios de uma literatura capaz de arrebatar seus leitores por confrontá-los e atraí-los ao texto. Com o objetivo de observar como se estabelecem os limites entre a realidade e o insólito, o trabalho em questão analisa a presença do fantástico na referida narrativa. Nela, há uma sucessão de metáforas que deslizam paulatinamente para o plano da literalidade e, como consequência, rompe com a estabilidade do universo diegético para instaurar a fantasticidade. A partir das concepções de Roas (2011, 2014), Todorov (1975) e Jaime Alazraki (2001), evidenciaremos algumas estratégias discursivas que cooperam para a conversão do enredo, descrito pela ótica das consequências de uma seca avassaladora, à atmosfera fantástica.
{"title":"O banquete fantástico no conto “O dia em que comemos Maria Dulce”, de Antônio Mariano","authors":"Jaine Barbosa, Luciane Alves Santos","doi":"10.35499/tl.v16i2.15307","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15307","url":null,"abstract":"A fome, a miséria e a infância são temas comuns à literatura, e eles se unem no conto “O dia em que comemos Maria Dulce” (2015), extraído da obra com mesmo nome, do escritor paraibano Antônio Mariano. Em uma narrativa fantástica que atrai os leitores não apenas por sua ruptura com o real — principalmente na configuração de uma personagem de natureza dúbia de menina e doce —, vemos o fator social enquanto mola propulsora para o desenrolar da trama, atrelado à inquietante percepção da realidade, que carrega consigo certa plasticidade e lirismo próprios de uma literatura capaz de arrebatar seus leitores por confrontá-los e atraí-los ao texto. Com o objetivo de observar como se estabelecem os limites entre a realidade e o insólito, o trabalho em questão analisa a presença do fantástico na referida narrativa. Nela, há uma sucessão de metáforas que deslizam paulatinamente para o plano da literalidade e, como consequência, rompe com a estabilidade do universo diegético para instaurar a fantasticidade. A partir das concepções de Roas (2011, 2014), Todorov (1975) e Jaime Alazraki (2001), evidenciaremos algumas estratégias discursivas que cooperam para a conversão do enredo, descrito pela ótica das consequências de uma seca avassaladora, à atmosfera fantástica.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131567831","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste estudo é entender de que maneira os comportamentos enunciativos atribuem papéis aos sujeitos convocados no discurso em notícias da revista Galileu, estabelecendo certa relação entre eles e os temas científicos. Com isso, investigamos como a organização enunciativa representa o contato dos sujeitos com a ciência. Além das categorias de Charaudeau (2014), valemo-nos dos modelos de comunicação da ciência (LEWENSTEIN, 2003), para analisar essas notícias sobre ciência. Os resultados revelam as posições enunciativas do texto ecoando certas concepções da revista sobre o estatuto da ciência, como a grandiosidade, a irrefutabilidade e as dúvidas quanto a certas constatações apresentadas.
{"title":"Analisando notícias que divulgam ciência:","authors":"Marcos Filipe Zandonai, Eduardo Paré Glück","doi":"10.35499/tl.v16i2.15231","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15231","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é entender de que maneira os comportamentos enunciativos atribuem papéis aos sujeitos convocados no discurso em notícias da revista Galileu, estabelecendo certa relação entre eles e os temas científicos. Com isso, investigamos como a organização enunciativa representa o contato dos sujeitos com a ciência. Além das categorias de Charaudeau (2014), valemo-nos dos modelos de comunicação da ciência (LEWENSTEIN, 2003), para analisar essas notícias sobre ciência. Os resultados revelam as posições enunciativas do texto ecoando certas concepções da revista sobre o estatuto da ciência, como a grandiosidade, a irrefutabilidade e as dúvidas quanto a certas constatações apresentadas. ","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127183045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho consiste num estudo sobre o romance Dois Irmãos (2000), do escritor amazonense Milton Hatoum, centrando-se na representação do espaço na narrativa. Nesse sentido, buscamos compreender como o espaço narrativo da casa se torna um autêntico espaço de memória, figurando entre os elementos expressivos da literatura hatouniana. A partir dos pressupostos do filósofo Gaston Bachelard, discutidos em A poética do espaço (1993), analisamos a simbologia da casa e sua íntima ligação com os integrantes da família libanesa. Discutimos o espaço de cada um dos habitantes, buscando com isso identificar quais aspectos levaram essa casa deixar de ser símbolo de proteção para se transformar em ruínas, juntamente com as personagens ocupantes desse lar. Destruído esse espaço, seus moradores se sentem à deriva e, no fim da trama romanesca, o que restam são apenas lembranças e ruínas latentes na memória do narrador hatouniano.
{"title":"A Simbologia da casa em Dois Irmãos, de Milton Hatoum","authors":"Irlomar Martins","doi":"10.35499/tl.v16i2.15104","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15104","url":null,"abstract":"Este trabalho consiste num estudo sobre o romance Dois Irmãos (2000), do escritor amazonense Milton Hatoum, centrando-se na representação do espaço na narrativa. Nesse sentido, buscamos compreender como o espaço narrativo da casa se torna um autêntico espaço de memória, figurando entre os elementos expressivos da literatura hatouniana. A partir dos pressupostos do filósofo Gaston Bachelard, discutidos em A poética do espaço (1993), analisamos a simbologia da casa e sua íntima ligação com os integrantes da família libanesa. Discutimos o espaço de cada um dos habitantes, buscando com isso identificar quais aspectos levaram essa casa deixar de ser símbolo de proteção para se transformar em ruínas, juntamente com as personagens ocupantes desse lar. Destruído esse espaço, seus moradores se sentem à deriva e, no fim da trama romanesca, o que restam são apenas lembranças e ruínas latentes na memória do narrador hatouniano.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114824660","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tornou-se um objeto muito valorado em nossa sociedade, considerando que o seu resultado representa uma parcela significativa da nota desse exame. Além disso, o êxito no certame possibilita aos alunos concluintes do Ensino Médio (EM), por exemplo, terem acesso ao Ensino Superior, já que muitas universidades têm utilizado o seu resultado como forma de ingresso. Assim, os olhares para a prova de redação, por parte de professores e pesquisadores, são cada vez mais intensos. No caso deste artigo, nossa atenção volta-se especificamente para a Competência V da Matriz de Referência da redação do ENEM, que diz respeito à elaboração da proposta de intervenção social. Essa escolha se justifica pelo fato de que, como professora-pesquisadora, percebemos que esse é um dos critérios que os alunos mais têm dificuldades, bem como é a competência que mais interfere na nota final, haja vista que o desempenho nela é, em boa medida, abaixo do esperado. Dessa forma, analisamos o seguinte documento oficial disponibilizado pelo Ministério da Educação relacionado a essa competência: a Cartilha do Participante. Nosso objetivo, portanto, é analisar como esse documento oficial compreende a Competência V e como orienta a sua produção, buscando desvelar as relações dialógicas que o documento estabelece com discursos que circulam na sociedade. Nossa base teórica se sustenta na Linguística Aplicada, nas discussões da Teoria Dialógica de Linguagem, mobilizadas pelo Círculo de Bakhtin, além de se ancorar em pesquisadores brasileiros que discutem o ensino de Língua Portuguesa. Esta pesquisa é do tipo qualitativo-interpretativista e de análise documental (MOITA LOPES, 1998; BORTONI-RICARDO, 2008; FLICK, 2009). Após analisarmos as orientações da Cartilha do Participante no que concerne à Competência V, constatamos que o documento estabelece relações dialógicas com discursos governamentais do protagonismo juvenil e com aqueles que fomentam o exercício da cidadania por parte dos jovens brasileiros.
{"title":"A redação do ENEM e a competência V:","authors":"Pricilla Záttera","doi":"10.35499/tl.v16i2.14198","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.14198","url":null,"abstract":" A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tornou-se um objeto muito valorado em nossa sociedade, considerando que o seu resultado representa uma parcela significativa da nota desse exame. Além disso, o êxito no certame possibilita aos alunos concluintes do Ensino Médio (EM), por exemplo, terem acesso ao Ensino Superior, já que muitas universidades têm utilizado o seu resultado como forma de ingresso. Assim, os olhares para a prova de redação, por parte de professores e pesquisadores, são cada vez mais intensos. No caso deste artigo, nossa atenção volta-se especificamente para a Competência V da Matriz de Referência da redação do ENEM, que diz respeito à elaboração da proposta de intervenção social. Essa escolha se justifica pelo fato de que, como professora-pesquisadora, percebemos que esse é um dos critérios que os alunos mais têm dificuldades, bem como é a competência que mais interfere na nota final, haja vista que o desempenho nela é, em boa medida, abaixo do esperado. Dessa forma, analisamos o seguinte documento oficial disponibilizado pelo Ministério da Educação relacionado a essa competência: a Cartilha do Participante. Nosso objetivo, portanto, é analisar como esse documento oficial compreende a Competência V e como orienta a sua produção, buscando desvelar as relações dialógicas que o documento estabelece com discursos que circulam na sociedade. Nossa base teórica se sustenta na Linguística Aplicada, nas discussões da Teoria Dialógica de Linguagem, mobilizadas pelo Círculo de Bakhtin, além de se ancorar em pesquisadores brasileiros que discutem o ensino de Língua Portuguesa. Esta pesquisa é do tipo qualitativo-interpretativista e de análise documental (MOITA LOPES, 1998; BORTONI-RICARDO, 2008; FLICK, 2009). Após analisarmos as orientações da Cartilha do Participante no que concerne à Competência V, constatamos que o documento estabelece relações dialógicas com discursos governamentais do protagonismo juvenil e com aqueles que fomentam o exercício da cidadania por parte dos jovens brasileiros.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130536642","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gisele C. P. Cabral, Renata de Souza França Bastos de Almeida, Andreia dos Santos Oliveira
Sabemos que uma das funções da escola é formar leitores, entre eles, o leitor literário. Consideramos que o livro ilustrado pode auxiliar nesta função. Ao unir enunciados escritos e visuais, esse objeto cultural desperta o interesse de leitores de todas as idades. Por isso, faz-se necessário a todos os mediadores de leitura, entre eles, destacamos os professores, conhecer a sua materialidade e como dialogar com todos os elementos presentes no livro. Pensando em auxiliar esses mediadores, elaboramos este artigo que tem o objetivo de apresentar possibilidades de diálogos com o livro ilustrado a partir dos paratextos presentes na obra O sonho que brotou, de Renato Moriconi. Os diálogos aqui apresentados foram construídos no dia 25 de novembro de 2021, durante um minicurso virtual ocorrido no Google Meet, no qual apresentamos aos professores presentes no evento online possibilidades para dialogar com os livros ilustrados. Os resultados apontam para a necessidade de conhecer todos os elementos envolvidos na produção do livro ilustrado, a indissociabilidade entre texto escrito e imagens, além de explorar os paratextos para a construção de sentidos.
我们知道,学校的功能之一就是培养读者,其中包括文学读者。我们认为图画书可以帮助我们做到这一点。通过结合书面和视觉陈述,这一文化对象引起了所有年龄段读者的兴趣。因此,所有的阅读中介,包括教师,都有必要了解他们的重要性,以及如何与书中的所有元素进行对话。为了帮助这些调解人,我们准备了这篇文章,旨在从雷纳托·莫里科尼的《o sonho que brotou》中出现的副文本中提出与图画书对话的可能性。这里展示的对话是在2021年11月25日谷歌Meet举办的一个虚拟迷你课程中建立的,在这个课程中,我们向参加在线活动的教师展示了与图画书对话的可能性。研究结果表明,除了探索意译的意义建构外,还需要了解图画书制作过程中涉及的所有要素、书面文本与图像的不可分割性。
{"title":"O sonho que brotou:","authors":"Gisele C. P. Cabral, Renata de Souza França Bastos de Almeida, Andreia dos Santos Oliveira","doi":"10.35499/tl.v16i2.15067","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.15067","url":null,"abstract":"Sabemos que uma das funções da escola é formar leitores, entre eles, o leitor literário. Consideramos que o livro ilustrado pode auxiliar nesta função. Ao unir enunciados escritos e visuais, esse objeto cultural desperta o interesse de leitores de todas as idades. Por isso, faz-se necessário a todos os mediadores de leitura, entre eles, destacamos os professores, conhecer a sua materialidade e como dialogar com todos os elementos presentes no livro. Pensando em auxiliar esses mediadores, elaboramos este artigo que tem o objetivo de apresentar possibilidades de diálogos com o livro ilustrado a partir dos paratextos presentes na obra O sonho que brotou, de Renato Moriconi. Os diálogos aqui apresentados foram construídos no dia 25 de novembro de 2021, durante um minicurso virtual ocorrido no Google Meet, no qual apresentamos aos professores presentes no evento online possibilidades para dialogar com os livros ilustrados. Os resultados apontam para a necessidade de conhecer todos os elementos envolvidos na produção do livro ilustrado, a indissociabilidade entre texto escrito e imagens, além de explorar os paratextos para a construção de sentidos.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127407218","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pretende-se, por meio deste artigo, investigar possibilidades de interfaces que entrelacem expressões literárias teatrais, mais exatamente o teatro do oprimido do diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal, e A corda, do autor angolano Pepetela. Em nosso percurso analítico, nos deteremos na proposta de Boal e em suas especificidades, mormente se encontrem contempladas nas obras Teatro do oprimido e outras poéticas políticas (1980) e Estética do oprimido (2009), com abordagem crítica e teórica dos conceitos dessa estética que almejava, por intermédio de técnicas teatrais e aspectos pedagógicos, sociais e políticos, fomentar a participação e o protagonismo da população nas questões sociais que vivenciavam. Analogamente, abordaremos a estrutura e a temática historiográfica da peça A Corda (1978), de Pepetela, que marca a passagem do autor africano do gênero romanesco para o teatral. A obra, inserida no contexto do período pós-independência, trata das questões políticas e da luta pelo poder em Angola. Propomo-nos a buscar evidências de pontos de convergências que se sobressaiam entre as duas expressões artísticas, nelas acedemos à ideia de sensibilização para os ideais sociopolíticos e o exercício do pensamento crítico no que tange à luta anticolonialista.
{"title":"O teatro do oprimido e A corda:","authors":"A. Ciecoski","doi":"10.35499/tl.v16i2.14842","DOIUrl":"https://doi.org/10.35499/tl.v16i2.14842","url":null,"abstract":"Pretende-se, por meio deste artigo, investigar possibilidades de interfaces que entrelacem expressões literárias teatrais, mais exatamente o teatro do oprimido do diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal, e A corda, do autor angolano Pepetela. Em nosso percurso analítico, nos deteremos na proposta de Boal e em suas especificidades, mormente se encontrem contempladas nas obras Teatro do oprimido e outras poéticas políticas (1980) e Estética do oprimido (2009), com abordagem crítica e teórica dos conceitos dessa estética que almejava, por intermédio de técnicas teatrais e aspectos pedagógicos, sociais e políticos, fomentar a participação e o protagonismo da população nas questões sociais que vivenciavam. Analogamente, abordaremos a estrutura e a temática historiográfica da peça A Corda (1978), de Pepetela, que marca a passagem do autor africano do gênero romanesco para o teatral. A obra, inserida no contexto do período pós-independência, trata das questões políticas e da luta pelo poder em Angola. Propomo-nos a buscar evidências de pontos de convergências que se sobressaiam entre as duas expressões artísticas, nelas acedemos à ideia de sensibilização para os ideais sociopolíticos e o exercício do pensamento crítico no que tange à luta anticolonialista.","PeriodicalId":319014,"journal":{"name":"Tabuleiro de Letras","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114399092","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}