Fernanda Cimini, Amanda Diana Rodrigues da Ponte, Wellington Luiz Osterno Duarte FIlho
{"title":"Sem mulheres não há saúde: o desmantelamento da política exterior de saúde pública do Brasil durante a pandemia da covid-19","authors":"Fernanda Cimini, Amanda Diana Rodrigues da Ponte, Wellington Luiz Osterno Duarte FIlho","doi":"10.12804/revistas.urosario.edu.co/desafios/a.11983","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Não é coincidência o fato de que governos de extrema direita tenham promovido políticas negacionistas durante a pandemia da covid-19 e que esses mesmos governos tenham desqualificado a luta pela igualdade de gênero em seus países, pois o campo da saúde pública é pioneiro na discussão de direitos reprodutivos e emancipação sexual feminina. O artigo analisa o caso brasileiro, explorandoas possíveis relações entre as agendas de política exterior, saúde e gênero, contrapondo os governos de centro-esquerda de Lula e Dilma, por um lado, e de extrema-direita de Bolsonaro, por outro lado. Analisa ainda o desdobramento dessa agenda no âmbito da política exterior que, durante a pandemia, resultou no desmantelamento de arranjos regionais de saúde pública em prol de uma aliança global conservadora pró-cloroquina.","PeriodicalId":319779,"journal":{"name":"Desafíos","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Desafíos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/desafios/a.11983","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Não é coincidência o fato de que governos de extrema direita tenham promovido políticas negacionistas durante a pandemia da covid-19 e que esses mesmos governos tenham desqualificado a luta pela igualdade de gênero em seus países, pois o campo da saúde pública é pioneiro na discussão de direitos reprodutivos e emancipação sexual feminina. O artigo analisa o caso brasileiro, explorandoas possíveis relações entre as agendas de política exterior, saúde e gênero, contrapondo os governos de centro-esquerda de Lula e Dilma, por um lado, e de extrema-direita de Bolsonaro, por outro lado. Analisa ainda o desdobramento dessa agenda no âmbito da política exterior que, durante a pandemia, resultou no desmantelamento de arranjos regionais de saúde pública em prol de uma aliança global conservadora pró-cloroquina.