EDUCAÇÃO, MEMÓRIA E RESISTÊNCIA NA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

L. Danner, Julie Dorrico, Fernando Danner
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Abstract

Neste artigo, argumentaremos que os povos indígenas brasileiros, com suas lideranças e com seus/as intelectuais, assumiram e estilizaram a educação escolar formal, seus valores político-culturais, seus instrumentos epistemológicos e suas ferramentas midiático-digitais, como o caminho e a prática por excelência para a constituição de uma perspectiva ativista, militante e engajada tanto em termos de Movimento Indígena quanto no que se refere à constituição e à publicização da literatura indígena. No caso, portanto, os povos indígenas perceberam que somente afirmando sua cidadania política poderiam enfrentar de modo consistente os processos de exclusão, de marginalização e de violência ainda vigentes no Brasil contemporâneo, o que colocou essa mesma educação escolar formal como a base da socialização cultural e da formação epistemológico-política das comunidades indígenas, como o caminho para sua modernização político-cultural, para sua integração e participação na sociedade nacional. Ora, do Movimento Indígena origina-se, como sua base normativa, a crescente produção estético-cultural realizada por intelectuais indígenas, tendo como mote exatamente a crítica da cultura, a descatequização da mente e a reorientação do olhar relativamente aos povos indígenas brasileiros e, de um modo mais geral, acerca de nossa própria história. A partir da revisão bibliográfica de produções indígenas ligadas ao tema, buscar-se-á argumentar em torno à constituição correlata do Movimento Indígena e da literatura indígena como ativismo político-cultural direto, como práxis pedagógica democrática constituída e dinamizada pelos/as próprios/as indígenas, desde si mesmos/as e por si mesmos/as, a partir de sua inserção na cultura nacional por meio da educação escolar.
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