{"title":"ESTRESSE E SUAS ALTERAÇÕES NO SISTEMA IMUNOLÓGICO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA COVID-19","authors":"L. S. Oliveira, Adriana Piccinin","doi":"10.51161/rems/1523","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A China registrou, em dezembro de 2019, uma nova doença, denominada de Covid-19, cujo vírus causador recebeu o nome de SARS-CoV-2. Esse vírus é altamente transmissível e espalhou-se rapidamente pelo mundo, levando a Organização Mundial da Saúde a declarar estado de pandemia, em março de 2020. Esta pandemia tem afetado negativamente a Saúde Mental de profissionais da saúde, especialmente os que trabalham na linha de frente assistencial. Objetivo: Descrever como o estresse age no organismo e suas alterações no sistema imune de profissionais da saúde. Material e método: Este estudo tratou-se de uma revisão bibliográfica e as bases de dados utilizadas foram Scielo e Google Acadêmico. Resultados: Profissionais da saúde vivenciam, cotidianamente, o desgaste emocional por terem de lidar com fatores estressores no ambiente de trabalho que se exacerbam em momentos de pandemias. Esses profissionais apresentam maior risco de infecção pelo novo vírus e além disso, há incertezas em relação à falta de equipamentos de proteção individual, ventiladores mecânicos e insumos hospitalares. Sofrem ainda por terem que decidir quais pacientes terão direito a determinadas tecnologias assistivas. Na luta contra a COVID-19, os profissionais de saúde vêm enfrentando várias situações geradoras de estresse. Uma das respostas do organismo ao estresse está relacionada com o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). A exposição do organismo ao estresse induz o hipotálamo a secretar hormônio liberador de corticotrofina e vasopressina que ativam a pituitária a secretar o hormônio adrenocorticotrófico. Este por sua vez estimula a secreção de glicocorticoides pelo córtex adrenal principalmente o cortisol que em altas concentrações causam imunossupressão. Esse déficit imunológico aumenta o risco de desenvolver a doença, uma vez que ao entrar em contato com o vírus SARS-CoV-2, não terá células imunes em quantidades suficientes para combatê-lo. Isso pode explicar o fato do Brasil responder por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da saúde. Conclusão: Torna-se essencial fortalecer e investir em ações de saúde mental para esses profissionais, para continuarem exercendo sua profissão de gestão do cuidado e da equipe assistencial. Porém, há necessidade de mais estudos e produções científicas para esclarecer sobre o tema.","PeriodicalId":275879,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Saúde On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Saúde On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/rems/1523","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A China registrou, em dezembro de 2019, uma nova doença, denominada de Covid-19, cujo vírus causador recebeu o nome de SARS-CoV-2. Esse vírus é altamente transmissível e espalhou-se rapidamente pelo mundo, levando a Organização Mundial da Saúde a declarar estado de pandemia, em março de 2020. Esta pandemia tem afetado negativamente a Saúde Mental de profissionais da saúde, especialmente os que trabalham na linha de frente assistencial. Objetivo: Descrever como o estresse age no organismo e suas alterações no sistema imune de profissionais da saúde. Material e método: Este estudo tratou-se de uma revisão bibliográfica e as bases de dados utilizadas foram Scielo e Google Acadêmico. Resultados: Profissionais da saúde vivenciam, cotidianamente, o desgaste emocional por terem de lidar com fatores estressores no ambiente de trabalho que se exacerbam em momentos de pandemias. Esses profissionais apresentam maior risco de infecção pelo novo vírus e além disso, há incertezas em relação à falta de equipamentos de proteção individual, ventiladores mecânicos e insumos hospitalares. Sofrem ainda por terem que decidir quais pacientes terão direito a determinadas tecnologias assistivas. Na luta contra a COVID-19, os profissionais de saúde vêm enfrentando várias situações geradoras de estresse. Uma das respostas do organismo ao estresse está relacionada com o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). A exposição do organismo ao estresse induz o hipotálamo a secretar hormônio liberador de corticotrofina e vasopressina que ativam a pituitária a secretar o hormônio adrenocorticotrófico. Este por sua vez estimula a secreção de glicocorticoides pelo córtex adrenal principalmente o cortisol que em altas concentrações causam imunossupressão. Esse déficit imunológico aumenta o risco de desenvolver a doença, uma vez que ao entrar em contato com o vírus SARS-CoV-2, não terá células imunes em quantidades suficientes para combatê-lo. Isso pode explicar o fato do Brasil responder por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da saúde. Conclusão: Torna-se essencial fortalecer e investir em ações de saúde mental para esses profissionais, para continuarem exercendo sua profissão de gestão do cuidado e da equipe assistencial. Porém, há necessidade de mais estudos e produções científicas para esclarecer sobre o tema.