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Abstract
Dentre os trabalhos críticos que o jovem Mallarmé dedicou à pintura, “The Impressionists and Édouard Manet” (1876) talvez seja o mais importante, mesmo sendo provavelmente o mais desconhecido. Nesse texto, Mallarmé comenta a prática dos colegas impressionistas, sobretudo de Manet, estabelecendo uma analogia entre os caminhos da pintura e os da poesia em fins do século XIX francês. Este artigo busca explorar a abordagem analógica de Mallarmé em “The Impressionists”, valendo-se das reflexões que o poeta elabora sobre Manet e sobre o impressionismo para investigar como esse pensamento encontra par em seus próprios trabalhos. Partindo das quatro linhas de força que, segundo Bertrand Marchal (2011), Mallarmé observaria nos trabalhos desses artistas (ar livre, simplificação, perspectiva e descondicionamento do olhar), assim como de textos mallarmeanos tão diversos quanto La Musique et les Lettres (1895) e “Don du poëme” (1866) – mas sem perder de vista a historicidade de ambos –, o intuito aqui consiste em mostrar como as trajetórias da poesia e da pintura se tocam, naquele fim de século, através de alguns pontos de encontro entre a obra de Mallarmé e a de Manet.