Lavínia Mabel Viana Lopes, Vladimir Andrei Rodrigues Arce, Karla Patrícia Cardoso Amorim
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Abstract
O apoio matricial pretende deslocar o poder das corporações de especialistas, chamando à atenção para a força da gestão da equipe interdisciplinar. Desse modo, a forma como o trabalho compartilhado se estabelece é parte fundamental da prática matricial. Este artigo tem o objetivo de analisar a percepção do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) sobre as relações estabelecidas entre apoiadores, equipes de referência, gestores, e de que maneira elas implicam o processo de trabalho. Trata-se, portanto, de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado com 11 profissionais do Nasf-AB por meio de entrevista semiestruturada e observação de campo. Para o tratamento dos dados, foi realizada a análise de conteúdo, em que emergiram duas categorias temáticas: (1) trabalho compartilhado entre Nasf-AB e equipes de referência, expondo uma resistência das equipes em conceber o Nasf-AB como integrante da atenção primária, bem como dificuldades no planejamento e desenvolvimento de ações conjuntas e um desconhecimento das contribuições da prática matricial para o processo de trabalho; (2) trabalho compartilhado entre Nasf-AB e gestão, apontando para a falta de apoio ao núcleo, impasses na comunicação, ausência de espaços de trabalho colaborativo e pressões por produtividade. Portanto, percebe-se que o Nasf-AB enfrenta questões conflituosas decorrentes do trabalho compartilhado, que influenciam na operacionalização da prática matricial.