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Abstract
O presente trabalho tem por objetivo apresentar, a partir da obra do sociólogo peruano Aníbal Quijano, a compreensão descolonial sobre a Modernidade. Sendo possível concluir que a América Latina não é pré moderna ou não moderna, mas pelo contrário, ela possui um papel constituidor da própria Modernidade. Para tanto, primeiramente, é apresentado o modo com que o autor compreende o poder - composto por três elementos: dominação, exploração e conflito. Em segundo lugar, é analisada a tensão entre a legítima pretensão de igualdade, de liberdade e de cidadania e a desigualdade abissal presente no mundo. Em seguida, é apresentada a relevância do contato com os povos andinos para a alteração da noção de temporalidade e a sua formulação moderna, bem como para a construção do projeto moderno de emancipação social. Por fim, expor-se-á a importância de resgatar as experiências latino-americanas de lutas sociais e políticas, cristalizadas em direitos, e contra as formas de dominação e de exploração modernas - nesse sentido, contra a colonialidade -, que estiveram presentes desde o alvorecer da modernidade. Referidas lutas são a expressão do conflito, um dos elementos que constituem o poder, na chave de A. Quijano. Em relação à metodologia, o caminho utilizado é a revisão de literatura.