Lia Araújo Guabiraba, C. Borges, Emily Loren Queiroz Bezerra Melo Viana, Lucas Cavalcanti Rolim, M. C. Campêlo
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Abstract
Resumo: Embora ainda considerada um distúrbio predominantemente motor, a Doença de Parkinson (DP) envolve uma gama de sintomas não motores, notadamente comportamentais, que podem se relacionar com o estágio da doença e contribuir para o prognóstico. Disso, foi concebido, em 2007, o conceito de Psicose da Doença de Parkinson, um espectro da sintomatologia positiva com intuito de unificar o tratamento focando na evolução do paciente. Assim, o presente artigo objetiva analisar a evolução do tratamento da DP a partir de 2007, quando do surgimento da classificação da psicose da DP. Metodologia: Realizada uma revisão de literatura a partir das bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, de 2009 a 2019, utilizando os descritores: Parkinson’s disease and psychosis. Foram encontrados 562 artigos, sendo selecionados 25 de acordo com aplicação de filtro e leitura. Foram aplicadas as escalas de Jaddad e AMSTAR. Resultados e discussão: o presente estudo foi composto por 15 artigos. Evidenciou-se que a pimavanserina se mostrou segura e eficaz no controle dos sintomas positivos, sem interferência na sintomatologia motora. Conclusão: a mudança de paradigmas relativos à sintomatologia positiva da DP, e o estabelecimento da Psicose da DP em 2007, levaram ao crescimento das pesquisas sobre esse tema e um implemento naquelas voltadas a terapêutica. Um dos desafios é usar medicações que atuem nos sintomas positivos sem piorar o quadro motor. Os sintomas positivos são importantes fatores de prognóstico e indicativo da evolução da doença, orientando de forma mais individual a terapêutica.