PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Márcio Jamerson Pinheiro Lucio, Osvaldo Carlos Silva Leopoldino, Vinicius Ruas Lacerda, Gabriela de Queiroz Fonseca de Queiroz Fonseca
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO","authors":"Márcio Jamerson Pinheiro Lucio, Osvaldo Carlos Silva Leopoldino, Vinicius Ruas Lacerda, Gabriela de Queiroz Fonseca de Queiroz Fonseca","doi":"10.54265/ackg1360","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A contagem numérica de cromossomos humanos tem como expressão, em números modais de 46 cromossomos (22 pares de cromossomos somáticos e 1 par de cromossomos sexuais). Podemos definidir anomalias cromossômicas, alterações numéricas destes valores cromossômicos, referindo-se quando o indivíduo possui um número cromossômico anormal, aneuploidias. Estes distúrbios cromossômicos, podem causar significativa deficiência mental, déficit ponderal e estrutural, dismorfismos faciais e malformações.Ademais, as aneuploidias estão entre as anomalias congênitas mais comuns na prática clínica, sendo os diagnósticos rotineiros as trissomias, como a trissomia do cromossomo 13 (Síndrome de Patau), Trissomia do 18 (síndrome de Edwards) e trissomia do 21 (síndrome de down) (4). Além destas alterações, destaca-se a aneuploidia de cromossomos sexuais (Síndrome de Turner, Klinefelter, XXX e XYY). Mesmo com avanço das técnicas diagnósticas genéticas em pré-natais, ainda se faz necessário reportar estas doenças, por aspectos epidemiológicos. O presente estudo, elucida um panorama dimensional dos diagnósticos destas enfermidades. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de anomalias cromossômicas no território nacional nos últimos 5 anos. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, retrospectivo e descritivo que baseou-se em Dados Secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), entre os anos de 2016 - 2021. Para calculo prevalência, utilizou-se valores de estimativa demografica da Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e grupos de idade: 2000-2030. Os critérios de elegibilidade foram: regiões e unidades federativas do território nacional, faixa etária menor de 1 ano e 15-19 anos, do sexo masculino, feminino e ignorado, raça branca, preto, pardo e amarelo. Considerou-se na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) as Anomalias cromossômicas NCOP. O Microsoft Office Excel 2019 foi utilizado para cálculo dos dados estatísticos. Resultados: Nos anos de 2016-2021, foram notificados 1874 (prevalência de 0,878 por 1000 hab). A região Sudeste destaca-se em notificação dos casos com 979 relatos (prevalência de 52.24%), seguido a região Norte com menores valores de relatos com 28 casos (prevalência de 1.49%). Os anos com maior morbidade foram 2019 com 362 (prevalência de 19,31%) e 2017 com 345 notificações (prevalência de 18.40%). Quando consideramos a faixa etária de menor de 1 ano com 1326 (70.75%) e com menor incidência a idade de 15-19 anos com 102 casos (prevalência de 5.44%). No quesito sexo e raça, o sexo feminino com 1030 casos (prevalencia de 54.96%) e masculino com 844 (prevalencia de 45.03%), na raça vemos predominio de brancos com 953 (prevalencia de 50.85%) e pardos com 877 (prevalencia de 46.7%). Conclusão: Ao determinar alterações cromossômicas é bem natural encontrarmos abortamentos e malformações congênitas, por vezes estas anomalias estão relacionadas ao posicionamento, localização e número de gene no indivíduo. Os resultados elucidaram este reflexo, demonstrando que a maior parte das notificações são realizadas em indivíduos menores de um ano de idade, elucidando possível acompanhamento pré natal correto. A apresentação dos dados segue como forma de corroborar ações que priorizem a assistencialidade das famílias, estimulando-as o acompanhamento precoce, para que desta forma medidas possam viabilizar políticas públicas, para uma boa assistência dos pacientes que apresentem tais alterações. PALAVRAS-CHAVE: Deficiência Mental, Malformações, Trissomia","PeriodicalId":368932,"journal":{"name":"Anais do Congresso Nacional de Genética - CONAGEN","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Nacional de Genética - CONAGEN","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/ackg1360","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

Introdução: A contagem numérica de cromossomos humanos tem como expressão, em números modais de 46 cromossomos (22 pares de cromossomos somáticos e 1 par de cromossomos sexuais). Podemos definidir anomalias cromossômicas, alterações numéricas destes valores cromossômicos, referindo-se quando o indivíduo possui um número cromossômico anormal, aneuploidias. Estes distúrbios cromossômicos, podem causar significativa deficiência mental, déficit ponderal e estrutural, dismorfismos faciais e malformações.Ademais, as aneuploidias estão entre as anomalias congênitas mais comuns na prática clínica, sendo os diagnósticos rotineiros as trissomias, como a trissomia do cromossomo 13 (Síndrome de Patau), Trissomia do 18 (síndrome de Edwards) e trissomia do 21 (síndrome de down) (4). Além destas alterações, destaca-se a aneuploidia de cromossomos sexuais (Síndrome de Turner, Klinefelter, XXX e XYY). Mesmo com avanço das técnicas diagnósticas genéticas em pré-natais, ainda se faz necessário reportar estas doenças, por aspectos epidemiológicos. O presente estudo, elucida um panorama dimensional dos diagnósticos destas enfermidades. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de anomalias cromossômicas no território nacional nos últimos 5 anos. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, retrospectivo e descritivo que baseou-se em Dados Secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), entre os anos de 2016 - 2021. Para calculo prevalência, utilizou-se valores de estimativa demografica da Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e grupos de idade: 2000-2030. Os critérios de elegibilidade foram: regiões e unidades federativas do território nacional, faixa etária menor de 1 ano e 15-19 anos, do sexo masculino, feminino e ignorado, raça branca, preto, pardo e amarelo. Considerou-se na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) as Anomalias cromossômicas NCOP. O Microsoft Office Excel 2019 foi utilizado para cálculo dos dados estatísticos. Resultados: Nos anos de 2016-2021, foram notificados 1874 (prevalência de 0,878 por 1000 hab). A região Sudeste destaca-se em notificação dos casos com 979 relatos (prevalência de 52.24%), seguido a região Norte com menores valores de relatos com 28 casos (prevalência de 1.49%). Os anos com maior morbidade foram 2019 com 362 (prevalência de 19,31%) e 2017 com 345 notificações (prevalência de 18.40%). Quando consideramos a faixa etária de menor de 1 ano com 1326 (70.75%) e com menor incidência a idade de 15-19 anos com 102 casos (prevalência de 5.44%). No quesito sexo e raça, o sexo feminino com 1030 casos (prevalencia de 54.96%) e masculino com 844 (prevalencia de 45.03%), na raça vemos predominio de brancos com 953 (prevalencia de 50.85%) e pardos com 877 (prevalencia de 46.7%). Conclusão: Ao determinar alterações cromossômicas é bem natural encontrarmos abortamentos e malformações congênitas, por vezes estas anomalias estão relacionadas ao posicionamento, localização e número de gene no indivíduo. Os resultados elucidaram este reflexo, demonstrando que a maior parte das notificações são realizadas em indivíduos menores de um ano de idade, elucidando possível acompanhamento pré natal correto. A apresentação dos dados segue como forma de corroborar ações que priorizem a assistencialidade das famílias, estimulando-as o acompanhamento precoce, para que desta forma medidas possam viabilizar políticas públicas, para uma boa assistência dos pacientes que apresentem tais alterações. PALAVRAS-CHAVE: Deficiência Mental, Malformações, Trissomia
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巴西境内染色体异常的流行病学概况
简介:人类染色体的数量以46条染色体(22对体细胞染色体和1对性染色体)的模态数表示。我们可以定义染色体异常,这些染色体值的数值变化,指的是个体有一个异常的染色体数目,非整倍体。这些染色体疾病可导致严重的智力残疾、体重和结构缺陷、面部畸形和畸形。此外,aneuploidias都是临床实践中最常见的先天性异常,诊断标准的trissomias三倍体染色体综合征(13(18),染色体(Edwards)和三染色体21(综合症综合症)(4),除了这些变化,这些染色体的非整倍性(特纳综合症,裴,XXX和XYY)。即使产前遗传诊断技术有所进步,由于流行病学方面的原因,仍有必要报告这些疾病。本研究阐明了这些疾病诊断的维度概述。摘要目的:描述近5年来全国染色体异常的流行病学概况。方法:这是一项生态、回顾性和描述性研究,基于2016 - 2021年巴西统一卫生系统信息学部门(DATASUS)的二级数据。为了计算流行率,我们使用了2000-2030年联邦单位按性别和年龄组分列的人口预测的人口估计数。资格标准为:国家领土内的地区和联邦单位,1岁以下和15-19岁年龄组,男性、女性和被忽视的,白人、黑人、棕色和黄色种族。在国际疾病分类(icd -10)中考虑了染色体异常NCOP。使用Microsoft Office Excel 2019进行统计数据计算。结果:2016-2021年共报告1874例(患病率为0.878 / 1000)。东南部地区报告病例979例(流行率52.24%),其次是北部地区报告病例28例(流行率1.49%)。发病率最高的年份是2019年362例(流行率19.31%)和2017年345例(流行率18.40%)。当我们考虑1岁以下年龄组1326例(70.75%),发病率较低的15-19岁年龄组102例(患病率5.44%)。在性别和种族方面,女性1030例(54.96%),男性844例(45.03%),白人953例(50.85%),棕色人种877例(46.7%)。结论:在确定染色体异常时,发现流产和先天性畸形是很自然的,有时这些异常与个体的位置、位置和基因数量有关。结果阐明了这一反映,表明大多数通知是在一岁以下的个体中进行的,阐明了可能的正确的产前随访。以下数据的呈现是一种确证行动的方式,优先照顾家庭,鼓励他们早期监测,这样的措施可以使公共政策可行,为提出这些变化的病人提供良好的援助。关键词:智力残疾,畸形,三体
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