E. Ottaviani, I. Santinon, Lucy Terezinha Mariotti
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Abstract
Este artigo procura traçar uma breve genealogia do silenciamento das mulheres na estrutura eclesial. Parte da análise de um retábulo, pintado entre os séculos XII e XIII, e mostra os discursos e as práticas de silenciamento no interior da Igreja, nos oito séculos anteriores e nos oito séculos posteriores à pintura. O silenciamento se apresenta como um elemento decorrente do patriarcalismo enraizado na estrutura eclesial e desvela uma relação de poder que exclui as mulheres dos organismos de decisão. Divido em três tópicos, precedidos por um preâmbulo que analisa os argumentos do retábulo e o lugar destinado à mulher que fala na igreja, o artigo apresenta o silenciamento como um entrave ao discipulado de iguais. Composto a seis mãos, ele entrelaça os objetos de pesquisa do trio de autores envolvidos em sua redação: a análise iconográfica dos três primeiros séculos da era cristã, com ênfase nas transposições artísticas do poder pastoral; o movimento beguinal − tido por movimento de contraconduta, segundo Michel Foucault, e profético, segundo José Comblin, como resistência ao poder clerical; a perspectiva da teologia feminista, sobre os entraves ao discipulado de iguais.