Daniela de Souza Canovas, Maria do Céu Monteiro Da Cruz, Maria America Coimbra De Andrade
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Abstract
A prestação de serviço em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos do desenvolvimento, consiste em um serviço de atendimento presencial realizado por um aplicador, em geral envolvendo atendimento individualizado (1:1), em uma carga horária semanal elevada (em geral 20 a 40 horas semanais). O TEA é considerado como um espectro amplo, que inclui casos leves, moderados até casos severos, que apresentam maior gravidade do transtorno e inclusive podem envolver comportamentos de risco (agressivos e/ou autolesivos). Por esse motivo, os atendimentos têm uma importância grande para os indivíduos quanto ao desenvolvimento de habilidades e diminuição de comportamentos-problema. Dessa forma, no cenário atual, diante da pandemia de COVID-19 e das recomendações de órgãos de saúde e governamentais para realizar isolamento social, os analistas do comportamento que prestam esse serviço se encontram diante de um dilema ético em relação a continuar ou não os serviços presenciais. O presente artigo tem o objetivo de realizar uma análise de risco versus benefício e propor um processo de tomada de decisão para o analista do comportamento (com relação a continuar ou não os serviços presenciais), baseada em: 1. Literatura científica e recursos disponíveis na área para os profissionais, incluindo documentos disponíveis no Brasil e no exterior; 2. Análise de riscos versus benefício caso a caso; 3. Variáveis importantes do contexto e realidade brasileiros; 4. Experiência clínica na área de prestação de serviços para indivíduos com TEA.Palavras-chave: Análise do Comportamento Aplicada (ABA); prestação de serviços; ética; COVID-19; Transtorno do Espectro Autista.