A. C. Silva, A. Mangas, S. C. Silva, Djair de Jesus Montelo, G.D.A. Palheta, N. Melo
{"title":"VARIAÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON EM RELAÇÃO AO CICLO DE MARÉ E À DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-SAZONAL NO ESTUÁRIO GUAJARÁ-MIRIM-PARÁ, BRASIL","authors":"A. C. Silva, A. Mangas, S. C. Silva, Djair de Jesus Montelo, G.D.A. Palheta, N. Melo","doi":"10.32519/TJFAS.V17I1.2140","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os ambientes estuarinos são ecossistemas de transição entre e o continente e a zona costeira adjacente, onde rios encontram o mar. Este estudo foi realizado a fim de determinar a composição e distribuição de estágios larvais de peixes (ictioplâncton) do estuário Guajará-mirim - Pará. Para isso foram realizadas coletas bimestrais no período menos chuvoso e chuvoso, no qual foram pré-estabelecidas quatro estações ao longo do estuário, na maré de enchente e vazante. Foram determinadas também variáveis ambientais (pH, salinidade, temperatura condutividade elétrica e oxigênio dissolvido). Na coleta do material faunístico foram realizados arrastos subsuperficiais, com auxílio de uma rede de plâncton com malha de 300 e 500μm de 50 cm de abertura de boca, na qual foi acoplado um fluxômetro. As amostras foram conservadas em formol a 4% neutralizado com tetraborato de sódio. Foram coletadas 3.138 larvas de peixe, sendo 1.242 larvas na maré vazante, 1.896 larvas na maré enchente. Deste total houve uma captura de 1864 larvas na rede de malha de 300µm e 1.274 larvas na rede de 500µm. As larvas foram classificadas em 06 ordens, 13 famílias e 21 espécies, tendo a ocorrência de 57 ovos que foram apenas quantificados. A ordem Clupeiforme, e suas respectivas famílias Engraulidae e Clupeidae, foram mais abundantes no estudo. O estágio de desenvolvimento, pré-flexão, foi mais abundante em todo o estudo. A espécie Rhinosardinia amazonica, apresentou maiores densidades de larvas no período menos chuvoso, enquanto que Anchovia clupeoides, teve maiores valores de densidades no período chuvoso. A análise de ordenação identificou a influência das variáveis ambientais e da sazonalidade, enquanto que a partição de variância evidenciou que os variáveis testes (variáveis ambientais e temporais), determinam maiores influência na composição das larvas, atuando juntas. A PCA identificou uniformidade das estações de coleta em relação aos períodos sazonais e as variáveis ambientais.","PeriodicalId":131100,"journal":{"name":"Boletim Técnico Científico do CEPNOR","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim Técnico Científico do CEPNOR","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32519/TJFAS.V17I1.2140","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os ambientes estuarinos são ecossistemas de transição entre e o continente e a zona costeira adjacente, onde rios encontram o mar. Este estudo foi realizado a fim de determinar a composição e distribuição de estágios larvais de peixes (ictioplâncton) do estuário Guajará-mirim - Pará. Para isso foram realizadas coletas bimestrais no período menos chuvoso e chuvoso, no qual foram pré-estabelecidas quatro estações ao longo do estuário, na maré de enchente e vazante. Foram determinadas também variáveis ambientais (pH, salinidade, temperatura condutividade elétrica e oxigênio dissolvido). Na coleta do material faunístico foram realizados arrastos subsuperficiais, com auxílio de uma rede de plâncton com malha de 300 e 500μm de 50 cm de abertura de boca, na qual foi acoplado um fluxômetro. As amostras foram conservadas em formol a 4% neutralizado com tetraborato de sódio. Foram coletadas 3.138 larvas de peixe, sendo 1.242 larvas na maré vazante, 1.896 larvas na maré enchente. Deste total houve uma captura de 1864 larvas na rede de malha de 300µm e 1.274 larvas na rede de 500µm. As larvas foram classificadas em 06 ordens, 13 famílias e 21 espécies, tendo a ocorrência de 57 ovos que foram apenas quantificados. A ordem Clupeiforme, e suas respectivas famílias Engraulidae e Clupeidae, foram mais abundantes no estudo. O estágio de desenvolvimento, pré-flexão, foi mais abundante em todo o estudo. A espécie Rhinosardinia amazonica, apresentou maiores densidades de larvas no período menos chuvoso, enquanto que Anchovia clupeoides, teve maiores valores de densidades no período chuvoso. A análise de ordenação identificou a influência das variáveis ambientais e da sazonalidade, enquanto que a partição de variância evidenciou que os variáveis testes (variáveis ambientais e temporais), determinam maiores influência na composição das larvas, atuando juntas. A PCA identificou uniformidade das estações de coleta em relação aos períodos sazonais e as variáveis ambientais.