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Abstract
O “Marxismo e filosofia da linguagem” (1929) de Valentin Volóchinov se destaca como uma das mais altas expressões da vida intelectual dos primeiros anos da Rússia pós-revolucionária. Começando com uma discussão relativa às fundações epistemológicas da obra, este artigo pretende trazer à luz as contribuições seminais de Volóchinov para uma semiótica social marxista, estudando os signos ideológicos como campos de luta entre acentuações sociais realizadas por vários grupos e classes sociais. Sublinhando as fortes afinidades eletivas tanto com a psicologia histórico-cultural de Vygotsky (1896-1934) quanto com o pensamento político de Gramsci (1891-1937), argumenta-se então que o método sociológico na ciência da linguagem de Volóchinov (1895-1936) propicia o fundamento para uma abordagem bastante frutífera da dimensão ideológica das relações sociais. Ao fazê-lo, ele lança uma luz dinâmica sobre o lado político das interações de linguagem concretas, como contribuição original para a expansão do programa de pesquisa marxista.