Ricélia Maria Marinho Sales, Luís Gustavo de Lima Sales
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Abstract
O ponto de partida deste trabalho consiste no compromisso mundial firmado em 2015 e que fi cou conhecido como o Acordo de Paris, chegando até a COP26 (2021) que a apresenta as energias renováveis como um caminho para combater a emissão dos gases de efeito estufa, mas sem discutir modelos e impactos socioambientais nos territórios. Assim, o objetivo geral deste artigo é dar luz à modelos de energias renováveis com fins de geração para distribuição de energia elétrica, evidenciando as especifi cidades dos territórios do Semiárido brasileiro, partindo assim do recorte espacial de uma bacia hidrográfica nacional denominada Piancó-Piranhas-Açu, que percorre os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. As situações-problema constatadas possibilitou o interesse em levar a cabo uma discussão que inclua os riscos a que diferentes populações estão expostas, que, impulsionou buscar reflexões a partir da imersão teórico prática, visando o acesso às ideias e pensamentos que melhor se adeque a realidade e abordagem de modo integrado. Os resultados preliminares apontam que os elementos geoeconômicos, apesar de aparentemente isolados, podem influenciar na resiliência energética a partir dos sistemas socioecológicos e do processo adaptativo, mediante sua interconectividade direta com o funcionamento dos sistemas naturais, sejam eles vinculados aos ciclos da água, do solo e/ou do ar, mas que também despontam fatores socioculturais. Considera-se ser necessário a democratização do debate sobre o tema, da inclusão das comunidades tradicionais e da elaboração de um projeto técnico e político que tenha capacidade de reduzir as emissões dos gases de efeitos estufas, mas sem gerar novas dinâmicas territoriais de espoliação, novas cercas aos espaços vividos, sem perpetuar as injustiças socioambientais e, sem reduzir a natureza à mera prestadora de serviços para o proveito de empresas e mercados.