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Abstract
Este artigo tem por objetivo abordar algumas considerações sobre a história comparada enquanto campo historiográfico, desde as contribuições de Marc Bloch na década de vinte do século passado. Ao analisar a trajetória da história comparada, consideramos as vantagens do método comparativo e a delimitação dos objetos a serem comparados. A partir da década de oitenta do século passado, o comparativismo tradicional que buscava semelhanças e diferenças entre as sociedades dava lugar a uma nova modalidade: as histórias conectadas, que privilegiavam análise dos objetos a partir do intercâmbio e do contato entre as sociedades.A história cruzada representa uma dessas mudanças nos paradigmas sobre o comparativismo histórico. A proposta de Werner e Zimmermann para o cruzamento – de objetos, conceitos, escalas – desafia historiadores a repensar o fazer historiográfico dentro da história comparada, excedendo os antigos limites da disciplina.