{"title":"EXPLORAÇÃO DA MÃO DE OBRA ESCRAVA RURAL NA CONTEMPORANEIDADE: ESTUDO DE CASOS RELACIONADOS AOS TERRITÓRIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA – MINAS GERAIS","authors":"Amanda Koch Andrade Farina, Pacelli Henrique Teodoro Martins","doi":"10.33026/PEG.V22I1.8520","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Conforme dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho, no período de 1995 a 2018, foram resgatados 53.607 trabalhadores em condições análogas à de escravo no Brasil, nos termos do art. 149 do Código Penal Brasileiro, dos quais 70% se encontravam em territórios rurais. Diante desta realidade, o objetivo do artigo é explorar a noção de trabalho escravo contemporâneo, demonstrando como o mesmo se manifesta no Vale do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, e sua intrínseca relação com o processo histórico da região. Para tanto, além da discussão teórica e revisão bibliográfica sobre a temática central, realizou-se uma pesquisa documental para a coleta de dados sobre os resgates realizados. A partir dos resultados apresentados, conclui-se que o trabalho escravo contemporâneo serve à lógica do capitalismo dependente e, por isso, sua extinção está subordinada a uma mudança estrutural, que necessita de complexas transformações territoriais em longo prazo.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33026/PEG.V22I1.8520","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Conforme dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho, no período de 1995 a 2018, foram resgatados 53.607 trabalhadores em condições análogas à de escravo no Brasil, nos termos do art. 149 do Código Penal Brasileiro, dos quais 70% se encontravam em territórios rurais. Diante desta realidade, o objetivo do artigo é explorar a noção de trabalho escravo contemporâneo, demonstrando como o mesmo se manifesta no Vale do Jequitinhonha, estado de Minas Gerais, e sua intrínseca relação com o processo histórico da região. Para tanto, além da discussão teórica e revisão bibliográfica sobre a temática central, realizou-se uma pesquisa documental para a coleta de dados sobre os resgates realizados. A partir dos resultados apresentados, conclui-se que o trabalho escravo contemporâneo serve à lógica do capitalismo dependente e, por isso, sua extinção está subordinada a uma mudança estrutural, que necessita de complexas transformações territoriais em longo prazo.