Pub Date : 2024-03-20DOI: 10.33026/peg.v25i1.10310
Sócrates Oliveira Menezes, Jéssica De Oliveira Silva
O presente artigo analisa a relação entre o trabalho feminino e a produção do espaço a partir da realidade brasileira atual. O objetivo é demonstrar como o trabalho feminino se insere na estrutura desigual e hierárquica do metabolismo social do capital (Mészáros, 2011), este que em última instância determina as formas gerais de produção e reprodução do espaço, como nos termos de Lefebvre (2006). As referências de Safiotti (1973) e Schols (1992) contribuem para a análise dos dados oficiais mais recentes (IBGE, 2022; IPEA, 2022) e demais publicações científicas/acadêmicas que ilustram a condição subsumida do trabalho feminino e da mulher no Brasil. Tal procedimento metodológico que relaciona realidade prática e reflexão teórica, permite considerar o espaço como a manifestação objetiva da estrutura desigual do trabalho que insere as mulheres em seu processo produtivo de forma subordinada, via normatização e normalização da natureza patriarcal da reprodução social.
{"title":"TRABALHO FEMININO E PRODUÇÃO DO ESPAÇO: UMA LEITURA A PARTIR DA REALIDADE BRASILEIRA ATUAL","authors":"Sócrates Oliveira Menezes, Jéssica De Oliveira Silva","doi":"10.33026/peg.v25i1.10310","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v25i1.10310","url":null,"abstract":"O presente artigo analisa a relação entre o trabalho feminino e a produção do espaço a partir da realidade brasileira atual. O objetivo é demonstrar como o trabalho feminino se insere na estrutura desigual e hierárquica do metabolismo social do capital (Mészáros, 2011), este que em última instância determina as formas gerais de produção e reprodução do espaço, como nos termos de Lefebvre (2006). As referências de Safiotti (1973) e Schols (1992) contribuem para a análise dos dados oficiais mais recentes (IBGE, 2022; IPEA, 2022) e demais publicações científicas/acadêmicas que ilustram a condição subsumida do trabalho feminino e da mulher no Brasil. Tal procedimento metodológico que relaciona realidade prática e reflexão teórica, permite considerar o espaço como a manifestação objetiva da estrutura desigual do trabalho que insere as mulheres em seu processo produtivo de forma subordinada, via normatização e normalização da natureza patriarcal da reprodução social.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"3 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140226657","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Movimentos sociais de diferentes campos de lutas entendem que as crises sanitárias, econômicas, políticas e sociais, que foram agravadas pela pandemia da Covid-19, produziram um debate profícuo e sólido sobre os impactos no cenário brasileiro. Desse modo, 35 organizações fizeram florescer o Observatório de Direitos Humanos e crise Covid-19, com o intuito de promover articulação, comunicação e produção científica em direitos humanos.
{"title":"DESIGUALDADES, DIREITO E PANDEMIA","authors":"Felipe Alan Souza Santos, Alan Nunes Araújo","doi":"10.33026/peg.v25i1.9723","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v25i1.9723","url":null,"abstract":"Movimentos sociais de diferentes campos de lutas entendem que as crises sanitárias, econômicas, políticas e sociais, que foram agravadas pela pandemia da Covid-19, produziram um debate profícuo e sólido sobre os impactos no cenário brasileiro. Desse modo, 35 organizações fizeram florescer o Observatório de Direitos Humanos e crise Covid-19, com o intuito de promover articulação, comunicação e produção científica em direitos humanos.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"26 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140419087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-15DOI: 10.33026/peg.v25i1.10000
Edson Batista da Silva, Jhon Jairo Rincón García
Este artigo analisa o campo no Brasil e na Colômbia, especificamente com atenção para o desenvolvimento do Programa de Aquisição de Alimentos-PAA e para as compras públicas de alimentos na Colômbia. Para tanto, foram utilizadas pesquisa bibliográfica e documental. No Brasil, país que retornou ao mapa da fome, investimentos no PAA representam ampliação da renda, sobretudo para as mulheres, atendimento a entidades e sujeitos em insegurança alimentar. Contraditoriamente, deve ser realizado acompanhado pela observação do campo diverso, heterogêneo, pela resolução da questão agrária, agrícola, com vistas o combate às desigualdades sociais, à concentração fundiária. Na Colômbia, o direito ao território às comunidades negras, camponesas, indígenas significa ampliação, melhorias nas políticas institucionais de compra de alimentos, somados aos circuitos curtos de comercialização, para defesa da soberania alimentar.
{"title":"O CAMPO NO BRASIL E NA COLÔMBIA: AS COMPRAS PÚBLICAS DE ALIMENTOS","authors":"Edson Batista da Silva, Jhon Jairo Rincón García","doi":"10.33026/peg.v25i1.10000","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v25i1.10000","url":null,"abstract":"Este artigo analisa o campo no Brasil e na Colômbia, especificamente com atenção para o desenvolvimento do Programa de Aquisição de Alimentos-PAA e para as compras públicas de alimentos na Colômbia. Para tanto, foram utilizadas pesquisa bibliográfica e documental. No Brasil, país que retornou ao mapa da fome, investimentos no PAA representam ampliação da renda, sobretudo para as mulheres, atendimento a entidades e sujeitos em insegurança alimentar. Contraditoriamente, deve ser realizado acompanhado pela observação do campo diverso, heterogêneo, pela resolução da questão agrária, agrícola, com vistas o combate às desigualdades sociais, à concentração fundiária. Na Colômbia, o direito ao território às comunidades negras, camponesas, indígenas significa ampliação, melhorias nas políticas institucionais de compra de alimentos, somados aos circuitos curtos de comercialização, para defesa da soberania alimentar.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"85 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140455621","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente texto obteve como anseio a execução de uma análise a despeito da opção do Catar como país sede da Copa do Mundo FIFA em 2022 e sua estratégia de autopromoção através do referido evento. Em função de sediar o principal torneio futebolístico mundial, o Catar vislumbrou a sua consolidação como importante nação à nível global. Porém, percebe-se que diferentemente do anseio dos governantes cataris, outras imagens tomaram notoriedade perante o mundo, com destaque para casos de violação de direitos humanos de trabalhadores nas obras de preparação da Copa. Deste modo, ao longo do presente artigo apresentamos alguns desses episódios, dando ênfase ao cenário contraditório que fora exposto, assim, constatou-se que houve uma inversão na difusão da imagem pretendida pelo país, sendo essa composta primordialmente por problemas no âmbito social.
{"title":"COPA DO MUNDO FIFA (2022) COMO ESTRATÉGIA DE CONSOLIDAÇÃO DE UMA IMAGEM: O CONTRADITÓRIO CASO DO CATAR","authors":"Matheus Andrade Marques, Jhony Frota Macedo","doi":"10.33026/peg.v24i1.9698","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9698","url":null,"abstract":"O presente texto obteve como anseio a execução de uma análise a despeito da opção do Catar como país sede da Copa do Mundo FIFA em 2022 e sua estratégia de autopromoção através do referido evento. Em função de sediar o principal torneio futebolístico mundial, o Catar vislumbrou a sua consolidação como importante nação à nível global. Porém, percebe-se que diferentemente do anseio dos governantes cataris, outras imagens tomaram notoriedade perante o mundo, com destaque para casos de violação de direitos humanos de trabalhadores nas obras de preparação da Copa. Deste modo, ao longo do presente artigo apresentamos alguns desses episódios, dando ênfase ao cenário contraditório que fora exposto, assim, constatou-se que houve uma inversão na difusão da imagem pretendida pelo país, sendo essa composta primordialmente por problemas no âmbito social.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139253218","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo se insere em ampla pesquisa acerca da hegemonização do espaço rural brasileiro com a sojicultura. A cultura apresenta um viés agroexportador, fundado em um modelo neoliberal que oligopoliza o campo. A cadeia produtiva baseia-se na biotecnologia transgênica, em agrotóxicos e na mecanização, altamente especulativa, de natureza exógena. Uma das consequências do modelo dominante é a precarização do trabalho nos espaços geográficos que hegemoniza, em análise específica dos cinco principais municípios sojicultores do Rio Grande do Sul. Apesar das promessas de geração de emprego e renda, a matriz produtiva sojicultora não democratiza a reprodução do capital que gera às populações regionais. O capital é gerado, mas se concentra em oligopólios nacionais e estrangeiros; e não se reproduz na remuneração salarial e na geração de empregos, provocando a maior vulnerabilidade social dos municípios sojicultores.
{"title":"ANÁLISE GEOGRÁFICA DO TRABALHO NOS CINCO PRINCIPAIS MUNICÍPIOS SOJICULTORES DO RIO GRANDE DO SUL","authors":"H. R. Hettwer, Eduardo Schiavone Cardoso","doi":"10.33026/peg.v24i1.9912","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9912","url":null,"abstract":"Este artigo se insere em ampla pesquisa acerca da hegemonização do espaço rural brasileiro com a sojicultura. A cultura apresenta um viés agroexportador, fundado em um modelo neoliberal que oligopoliza o campo. A cadeia produtiva baseia-se na biotecnologia transgênica, em agrotóxicos e na mecanização, altamente especulativa, de natureza exógena. Uma das consequências do modelo dominante é a precarização do trabalho nos espaços geográficos que hegemoniza, em análise específica dos cinco principais municípios sojicultores do Rio Grande do Sul. Apesar das promessas de geração de emprego e renda, a matriz produtiva sojicultora não democratiza a reprodução do capital que gera às populações regionais. O capital é gerado, mas se concentra em oligopólios nacionais e estrangeiros; e não se reproduz na remuneração salarial e na geração de empregos, provocando a maior vulnerabilidade social dos municípios sojicultores.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"239 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139314478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo procura analisar geograficamente, o período do auge do movimento sindical, no território brasileiro, conhecido como Novo Sindicalismo, liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC situado no município de São Bernardo do Campo, no período de 1978 a 1988. Nesta época graças a postura combativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, por meio de greves organizadas de forma estratégica, os trabalhadores tiveram várias melhorias, como aumentos salariais, redução da jornada de trabalho e condições de trabalho mais salubres. A metodologia utilizada neste trabalho, incidiu na leitura de livros sobre o tema e os conceitos utilizados e na coleta de dados secundários, para a elaboração de quadros, mapas, figuras e fotos.
本文试图从地理上分析1978年至1988年期间，巴西境内工会运动的高峰时期，即由位于sao Bernardo do Campo的ABC金属工人工会领导的新辛迪加主义。当时，由于美国广播公司金属工人工会的好斗姿态，通过战略性组织的罢工，工人们得到了一些改善，如加薪、缩短工作时间和更健康的工作条件。在这项工作中使用的方法集中在阅读有关主题和使用的概念的书籍和收集二手数据，以编制表格、地图、数字和照片。
{"title":"O USO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO PELO NOVO SINDICALISMO","authors":"M. C. Cruz","doi":"10.33026/peg.v24i1.9278","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9278","url":null,"abstract":"O artigo procura analisar geograficamente, o período do auge do movimento sindical, no território brasileiro, conhecido como Novo Sindicalismo, liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC situado no município de São Bernardo do Campo, no período de 1978 a 1988. Nesta época graças a postura combativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, por meio de greves organizadas de forma estratégica, os trabalhadores tiveram várias melhorias, como aumentos salariais, redução da jornada de trabalho e condições de trabalho mais salubres. A metodologia utilizada neste trabalho, incidiu na leitura de livros sobre o tema e os conceitos utilizados e na coleta de dados secundários, para a elaboração de quadros, mapas, figuras e fotos.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122446478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
En los estudios sobre sindicatos de trabajadores asalariados rurales en el Uruguay varios autores identifican la incidencia de factores asociables a la organización espacial en el surgimiento y permanencia de las organizaciones. Factores que permanecen, no obstante, sin ser profundizados. Analizando evidencia empírica y bibliográfica sobre el complejo arrocero del Este de Uruguay, identifico once formas mediante las cuales la organización espacial condiciona (como estímulo o limitante) la actividad sindical rural en el sector. Concluyo que estudiar cómo las organizaciones sindicales y sus adversarios se valen de la organización espacial resulta un camino promisorio para entender la dinámica organizativa.
{"title":"“El tema rural es complicado”: Sindicatos y organización espacial en las arroceras del este de Uruguay.","authors":"Nicolas Esteban Frank Gabin","doi":"10.33026/peg.v24i1.9778","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9778","url":null,"abstract":"En los estudios sobre sindicatos de trabajadores asalariados rurales en el Uruguay varios autores identifican la incidencia de factores asociables a la organización espacial en el surgimiento y permanencia de las organizaciones. Factores que permanecen, no obstante, sin ser profundizados. Analizando evidencia empírica y bibliográfica sobre el complejo arrocero del Este de Uruguay, identifico once formas mediante las cuales la organización espacial condiciona (como estímulo o limitante) la actividad sindical rural en el sector. Concluyo que estudiar cómo las organizaciones sindicales y sus adversarios se valen de la organización espacial resulta un camino promisorio para entender la dinámica organizativa.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120999053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. D. F. Queiroz, Thiago Pereira de Barros, L. Nunes, Ricardo Lara, João Renato Nunes
A pandemia levou a população mundial a adotar regras de isolamento social e normas de segurança que têm por objetivo “impedir” a disseminação do vírus. Nessa condição pandêmica, o trabalho, como central para reprodução do modo capitalista de produção foi severamente afetado pela impossibilidade de se manter nos moldes anteriores ao processo pandêmico. Trabalhadores foram declarados como essenciais, incluindo os portuários. Assim, este artigo tem como objetivo refletir sobre o trabalho portuário no contexto da pandemia de Covid-19. O artigo apresenta um breve contexto do trabalho portuário em nível mundial e suas respectivas realidades frente à pandemia e, por conseguinte, o trabalho portuário no Brasil, suas transformações históricas sucedidas com a adoção das políticas neoliberais, e finaliza abordando a situação dos trabalhadores portuários brasileiros em tempos de pandemia. As considerações finais indicam que mesmo o país passando por um dos momentos mais críticos de sua história, imerso numa crise de saúde pública, o interesse com a saúde e condições de trabalho dos portuários não é a pauta no meio empresarial e do Estado. Nesse cenário, os trabalhadores portuários têm no horizonte um caminho ainda mais intenso de luta e, portanto, de recomposição de seu trabalho nos portos nacionais.
{"title":"AS NOVAS ENCRUZILHADAS DO TRABALHO PORTUÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"M. D. F. Queiroz, Thiago Pereira de Barros, L. Nunes, Ricardo Lara, João Renato Nunes","doi":"10.33026/peg.v24i1.9612","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9612","url":null,"abstract":"A pandemia levou a população mundial a adotar regras de isolamento social e normas de segurança que têm por objetivo “impedir” a disseminação do vírus. Nessa condição pandêmica, o trabalho, como central para reprodução do modo capitalista de produção foi severamente afetado pela impossibilidade de se manter nos moldes anteriores ao processo pandêmico. Trabalhadores foram declarados como essenciais, incluindo os portuários. Assim, este artigo tem como objetivo refletir sobre o trabalho portuário no contexto da pandemia de Covid-19. O artigo apresenta um breve contexto do trabalho portuário em nível mundial e suas respectivas realidades frente à pandemia e, por conseguinte, o trabalho portuário no Brasil, suas transformações históricas sucedidas com a adoção das políticas neoliberais, e finaliza abordando a situação dos trabalhadores portuários brasileiros em tempos de pandemia. As considerações finais indicam que mesmo o país passando por um dos momentos mais críticos de sua história, imerso numa crise de saúde pública, o interesse com a saúde e condições de trabalho dos portuários não é a pauta no meio empresarial e do Estado. Nesse cenário, os trabalhadores portuários têm no horizonte um caminho ainda mais intenso de luta e, portanto, de recomposição de seu trabalho nos portos nacionais.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"1217 8","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133842654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marisete Dos Santos Brandalize, Carlos Alberto Piacenti
A agricultura brasileira sempre esteve centrada na monocultura e na produção para o mercado externo. Essa situação acarretou grandes desequilíbrios socioambientais e foi agravada pela Revolução Verde. A visão de que o modelo produtivo era insustentável fez com que surgissem políticas públicas para a agricultura familiar e, consequentemente, para a produção orgânica, a partir da década de 1990, nas esferas federal e estadual: PAA, PNAE, Lei 16.751/10. Diante disso, foram executadas, em Cascavel, diversas políticas públicas para o segmento. Por meio de questionários estruturados direcionados aos agricultores familiares, verificou-se que o município possui potencialidade para aumentar sua produção orgânica. Entretanto, as políticas públicas locais não se defrontam com os elementos dificultadores decorrentes do predomínio absoluto do agronegócio com ampla utilização de agrotóxicos. Por esses motivos, os avanços ainda são insignificantes.
{"title":"A CONJUNÇÃO DOS FATORES NACIONAIS, ESTADUAIS E LOCAIS SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRODUÇÃO ORGÂNICA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PARANÁ A PARTIR DE 2018","authors":"Marisete Dos Santos Brandalize, Carlos Alberto Piacenti","doi":"10.33026/peg.v24i1.9818","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9818","url":null,"abstract":"A agricultura brasileira sempre esteve centrada na monocultura e na produção para o mercado externo. Essa situação acarretou grandes desequilíbrios socioambientais e foi agravada pela Revolução Verde. A visão de que o modelo produtivo era insustentável fez com que surgissem políticas públicas para a agricultura familiar e, consequentemente, para a produção orgânica, a partir da década de 1990, nas esferas federal e estadual: PAA, PNAE, Lei 16.751/10. Diante disso, foram executadas, em Cascavel, diversas políticas públicas para o segmento. Por meio de questionários estruturados direcionados aos agricultores familiares, verificou-se que o município possui potencialidade para aumentar sua produção orgânica. Entretanto, as políticas públicas locais não se defrontam com os elementos dificultadores decorrentes do predomínio absoluto do agronegócio com ampla utilização de agrotóxicos. Por esses motivos, os avanços ainda são insignificantes.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126824821","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Aline Cristina Nascimento, Janãine Daniela Pimentel Lino Carneiro, M. Mendonça
O artigo propõe uma análise da dinâmica de apropriação da água e dos conflitos surgidos diante de seu acesso e da sua utilização e revelam a contradição “águas-negócios” versus “água bem-comum”. Embasado em pesquisa bibliográfica e trabalho de campo e tendo a Bacia Hidrográfica do Alto Rio São Marcos (BHSM) como recorte espacial, aponta-se que o uso capitalista da água pelo agronegócio e hidroelétricas produz a escassez hídrica a ponto de comprometer a reprodução da vida em suas diversas faces. Todavia, na apropriação capitalistas emergem lutas sociais capazes de anunciar a água como Bem Comum.
{"title":"ÁGUAS-NEGÓCIOS X ÁGUA BEM COMUM: A LUTA DOS TRABALHADORES DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO RIO SÃO MARCOS","authors":"Aline Cristina Nascimento, Janãine Daniela Pimentel Lino Carneiro, M. Mendonça","doi":"10.33026/peg.v24i1.9215","DOIUrl":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9215","url":null,"abstract":"O artigo propõe uma análise da dinâmica de apropriação da água e dos conflitos surgidos diante de seu acesso e da sua utilização e revelam a contradição “águas-negócios” versus “água bem-comum”. Embasado em pesquisa bibliográfica e trabalho de campo e tendo a Bacia Hidrográfica do Alto Rio São Marcos (BHSM) como recorte espacial, aponta-se que o uso capitalista da água pelo agronegócio e hidroelétricas produz a escassez hídrica a ponto de comprometer a reprodução da vida em suas diversas faces. Todavia, na apropriação capitalistas emergem lutas sociais capazes de anunciar a água como Bem Comum. ","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115953826","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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