Giovanna De Moraes Gonçalves, Rhilary Perez, Giovanna Castilho Davatz
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Abstract
Objetivo: Apresentar uma revisão bibliográfica com a finalidade de descrever o impacto da Sífilis Congênita para o sistema auditivo. Métodos: Realizou-se busca nas bases Biblioteca Virtual em Saúde; Scielo e Google Acadêmico com os termos “Sífilis Congênita”, “infecções congênitas”, “perda auditiva”, “sistema auditivo” e “audição” combinados de diversas maneiras. Resultados: Dentre os achados, a literatura mostra que esta doença pode resultar em perda de audição em 14,91% a 38% dos casos. Sobre o tipo de perda, a maioria dos trabalhos apontou sensorioneural periférica com lesão em células ciliadas da cóclea ou nervo auditivo. Também houveram relatos de perda condutiva, com lesão ao tímpano e osso temporal, incluindo cóclea, canais semicirculares e canal do nervo ótico. Foi descrito ainda transtorno do processamento auditivo central, indicativo de lesão em córtex temporal. O grau da perda resultante pode ser moderado, severo ou surdez. Quando o neonato diagnosticado com Sífilis Congênita não apresenta alterações de audição, aconselha-se o acompanhamento anual a fim de evitar os agravos diante do possível aparecimento de complicações progressivas, súbitas ou tardias. Conclusão: A Sífilis Congênita é um agente causador de lesão nas diversas áreas do sistema auditivo e consequentemente perda auditiva. Este problema pode ser evitado caso a gestante se previna ou seja tratada juntamente com o parceiro até 30 dias antes do nascimento do concepto.