{"title":"Transfemicídios na cidade de Campinas, aplicação do modelo ecológico da violência","authors":"Monica Caicedo Roa, R. Cordeiro","doi":"10.5433/2176-6665.2023v28n1e46600","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Brasil é o primeiro país do mundo em casos de transfeminicídios. Entre as pessoas da comunidade LGBTQIA+ o grupo que mais violações de direitos humanos sofre são as mulheres trans (travestis e transexuais). O objetivo deste artigo é analisar dois casos de transfeminicídio que aconteceram em Campinas em 2019. Foram construídas narrativas com base nas informações coletadas mediante autópsias verbais, autópsias clínicas e informações noticiadas na mídia e analisadas mediante o modelo ecológico da violência. Os casos de transfeminicídio aconteceram em mulheres jovens que trabalhavam como atendente de um bar e como profissional do sexo. As experiências e as histórias de vida de uma mulher trans são diferentes das de uma mulher cis e devem ser entendidas e estudadas desde suas particularidades. As mulheres vítimas tinham baixas condições econômicas, foram mortas em contextos sexuais e mediante manifestações de alta violência e ódio sinalizados em seus corpos. Os casos de transfeminicídio desta pesquisa são reflexo da realidade nacional das mulheres trans no país.","PeriodicalId":127120,"journal":{"name":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n1e46600","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O Brasil é o primeiro país do mundo em casos de transfeminicídios. Entre as pessoas da comunidade LGBTQIA+ o grupo que mais violações de direitos humanos sofre são as mulheres trans (travestis e transexuais). O objetivo deste artigo é analisar dois casos de transfeminicídio que aconteceram em Campinas em 2019. Foram construídas narrativas com base nas informações coletadas mediante autópsias verbais, autópsias clínicas e informações noticiadas na mídia e analisadas mediante o modelo ecológico da violência. Os casos de transfeminicídio aconteceram em mulheres jovens que trabalhavam como atendente de um bar e como profissional do sexo. As experiências e as histórias de vida de uma mulher trans são diferentes das de uma mulher cis e devem ser entendidas e estudadas desde suas particularidades. As mulheres vítimas tinham baixas condições econômicas, foram mortas em contextos sexuais e mediante manifestações de alta violência e ódio sinalizados em seus corpos. Os casos de transfeminicídio desta pesquisa são reflexo da realidade nacional das mulheres trans no país.