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Abstract
A preservação das memórias traumáticas da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985) tem suas primeiras ações ainda durante o período repressivo, com mobilizações de preservação de documentos, como o projeto Brasil Nunca Mais. Mas foi na democracia que as iniciativas de memorialização e patrimonialização ocuparam as vias públicas e foram paulatinamente sendo ressignificadas. Nesse processo, observa-se uma demanda crescente da contribuição da Museologia brasileira em benefício da ampliação do uso do passado dessas memórias traumáticas no presente. Sob esse prisma, a partir da análise da produção do conhecimento acadêmico brasileiro elaborado no campo da Museologia e de áreas congêneres, entre os anos 2014 e 2020, e de um mapeamento dos sítios de Memória e Consciência no Brasil dedicados à Ditadura, propõe-se a discussão sobre uma nova vertente de estudos museológicos: a Museologia de memórias traumáticas.