Mariana Oliveira Quevedo, Jussara do Nascimento Coutinho, Ricardo Paes Fonseca, A. Santos
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Abstract
Introdução: O surto da doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19) se iniciou em dezembro de 2019 em Wuhan na China, a partir de um novo agente patológico da linhagem Severe acute respiratory syndrome coronavírus 2 (SARS-CoV-2), a ausência de conhecimento ao seu respeito alcançou proporções incontroláveis, resultando em uma pandemia. Com a grande disseminação do SARS-CoV-2, agente do surto de Covid-19, os diversos países afetados utilizaram de forma empírica medicações, a fim de controlar os agravos da doença, incluindo o uso indiscriminado de antibióticos, que logo houve a reprodução coletiva dessa prática como uma tentativa profilática. Objetivos: Avaliar a ocorrência de multirresistência bacteriana devido ao uso indiscriminado de antibióticos durante a pandemia de Covid-19. Material e métodos: Consiste em uma revisão bibliográfica fundamentada por trabalhos científicos a partir de buscas em plataformas online, como Google Acadêmico, Scielo e Pubmed com publicações do ano de 2019 a 2021. Resultados: Há métodos profiláticos, porém não medicamentosos para essa enfermidade, contudo foi descrito um vasto uso de diferentes medicações prescritas e de automedicação em sua terapêutica, entre elas os antibióticos, mesmo com uma baixa incidência de coinfecção bacteriana com a infecção viral provocada pelo SARS-CoV-2, essa associação medicamentosa desnecessária provoca impactos negativos de resistência bacteriana, visto que esses agentes apresentam uma rápida reprodução e um alto índice de mutações, como resposta adaptativa ao meio, assim gerando novas linhagens, como também o comprometimento ao organismo por sua ingestão, afetando não só bactérias maléficas, mas também a própria microbiota do indivíduo. Conclusão: Sob esse cenário de desconhecimento, ao lidar com essa nova patologia carece de informações sobre fármacos que podem combater a carga viral de Covid-19, diante disso é observado o uso indiscriminado de antibióticos no protocolo medicamentoso e na automedicação na tentativa de tratar essa doença, sendo, então, necessários novos estudos a respeito de terapias eficientes, visto que o uso descomedido dessas drogas pode culminar em um grave problema de multirresistência bacteriana.