Samuel Silvestre Nuernberg, R. Marinho de Quadros, S. Tietz Marques, Larissa De Aguiar Boff, Rafael De Lima Miguel
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Abstract
Os bivalves constituem estoques naturais de recursos renováveis que dependem de um ecossistema em equilíbrio. Alimentam-se principalmente de microrganismos presentes na água, como são organismos filtradores, concentram em seus tecidos, sobretudo nas brânquias, materiais de diversas naturezas, desde substâncias químicas a contaminantes, por esse motivo são considerados bioindicadores da qualidade da água. Durante o período de novembro de 2020 a junho de 2021, 103 ostras foram coletadas manualmente, em ambiente natural, na Ponta da Barra, Lagoa do Noca, na cidade de Laguna, litoral sul do estado de Santa Catarina, Brasil. As brânquias foram retiradas, submetidas em meios de cultura para crescimento e identificação de microrganismos. Treze espécies de bactérias indicadoras da presença de coliformes foram identificadas em 73,79% (76/103) das amostras. As mais prevalentes foram Escherichia coli, Citrobacter koseri, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis, com percentuais de 21,05%, 13,16%, 13,16% e 11,84%, respectivamente. A presença desses microrganismos em ambientes aquáticos pode levar ao aparecimento de doenças transmitidas de forma direta, pela ingestão dos agentes patogênicos, ou indireta, pela ingestão de toxinas bacterianas. Dessa forma, levam perigos às espécies de níveis tróficos superiores, como também ao ser humano, representando um grave risco à saúde pública.