{"title":"morte branca do feiticeiro negro","authors":"Ricardo Lessa Filho, Ângela Cristina Salgueiro Marques, Frederico Vieira","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27789","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O texto elabora uma reflexão crítica acerca do documentário A morte branca do feiticeiro negro (2020), de Rodrigo Ribeiro, buscando evidenciar a potência testemunhal de uma carta de suicídio escrita em 1861 por um homem negro escravizado. A escritura fílmica confere a esse documento a força de um grito que faz ecoar a dor, o sofrimento, o dizer e o rosto dos negros escravizados. Silenciados pela aniquilação da memória de sua existência e da dignidade que os tornam humanos e enlutáveis, a narrativa nos oferece a chance de produzir uma resposta à enunciação da violência pelos “sem nome” da história. A sobrevivência das palavras registradas nesse documento histórico reabre as chagas mais profundas da história secular do genocídio do povo negro no Brasil.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista ECO-Pós","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27789","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O texto elabora uma reflexão crítica acerca do documentário A morte branca do feiticeiro negro (2020), de Rodrigo Ribeiro, buscando evidenciar a potência testemunhal de uma carta de suicídio escrita em 1861 por um homem negro escravizado. A escritura fílmica confere a esse documento a força de um grito que faz ecoar a dor, o sofrimento, o dizer e o rosto dos negros escravizados. Silenciados pela aniquilação da memória de sua existência e da dignidade que os tornam humanos e enlutáveis, a narrativa nos oferece a chance de produzir uma resposta à enunciação da violência pelos “sem nome” da história. A sobrevivência das palavras registradas nesse documento histórico reabre as chagas mais profundas da história secular do genocídio do povo negro no Brasil.