{"title":"Padrão de movimentação e “home range” de peixes recifais em frente à mudanças climáticas","authors":"Nicolas Ferri Cangussu, Carlos Werner Hackradt","doi":"10.61202/2595-9328.7cipcisb0024","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O conceito de uso de habitat é comum em toda a literatura ecológica e é medido através do tempo (fidelidade do habitat) e do espaço (área de vida). Uma ferramenta utilizada por diversos pesquisadores para estudo da área de vida, fidelidade ao habitat e padrão de movimentação é a telemetria acústica. A primeira parte deste estudo utilizou telemetria acústica e oito receptores acústicos colocados em uma matriz ao redor da ilha de Santa Bárbara no arquipélago de Abrolhos. Rastreou-se 16 badejos-quadrados (Mycteroperca bonaci) peixes predadores de topo, marcados por 391 dias resultando em 78.788 detecções. Padrões de comportamento de movimento e uso de habitat foram modelados usando dados de presença-ausência. Os resultados mostraram que as áreas de alguns receptores eram preferencialmente mais utilizadas que outros, como a área do receptor #R7, localizado no ponto conhecido como Mato Verde Oeste (32.667 detecções) que caracteriza um habitat de recife em franja. Esta área também foi onde oito dos indivíduos marcados foram capturados e soltos. A maioria dos indivíduos estiveram presentes acima de 70% do tempo do período do monitoramento ao longo da área de estudo, sendo os indivíduos #MB10 e #MB15, apresentando uma taxa de residência total de 94%. A área de vida (home range) calculada através da técnica do Mínimo Polígono Convexo (MCP) variou muito entre os indivíduos apresentando valores entre0,001 ha e 36,648 ha.","PeriodicalId":307713,"journal":{"name":"Anais do Congresso de Iniciação à Pesquisa, Criação e Inovação","volume":"109 8","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso de Iniciação à Pesquisa, Criação e Inovação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.61202/2595-9328.7cipcisb0024","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O conceito de uso de habitat é comum em toda a literatura ecológica e é medido através do tempo (fidelidade do habitat) e do espaço (área de vida). Uma ferramenta utilizada por diversos pesquisadores para estudo da área de vida, fidelidade ao habitat e padrão de movimentação é a telemetria acústica. A primeira parte deste estudo utilizou telemetria acústica e oito receptores acústicos colocados em uma matriz ao redor da ilha de Santa Bárbara no arquipélago de Abrolhos. Rastreou-se 16 badejos-quadrados (Mycteroperca bonaci) peixes predadores de topo, marcados por 391 dias resultando em 78.788 detecções. Padrões de comportamento de movimento e uso de habitat foram modelados usando dados de presença-ausência. Os resultados mostraram que as áreas de alguns receptores eram preferencialmente mais utilizadas que outros, como a área do receptor #R7, localizado no ponto conhecido como Mato Verde Oeste (32.667 detecções) que caracteriza um habitat de recife em franja. Esta área também foi onde oito dos indivíduos marcados foram capturados e soltos. A maioria dos indivíduos estiveram presentes acima de 70% do tempo do período do monitoramento ao longo da área de estudo, sendo os indivíduos #MB10 e #MB15, apresentando uma taxa de residência total de 94%. A área de vida (home range) calculada através da técnica do Mínimo Polígono Convexo (MCP) variou muito entre os indivíduos apresentando valores entre0,001 ha e 36,648 ha.