Thalita Pires Massena, Adriele Souza De Lima, Vítor Lopes Soares, Iasmim Seni Macedo Ramos, Gabriella Lopes Rezende
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Abstract
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) acomete os linfócitos T-CD4+, importantes células de defesa do organismo. Dentre as principais estratégias para sua prevenção, a mais básica é o acesso ao conhecimento por parte da população, entretanto, sabe-se que esse é escasso em diversos grupos etários, dentre eles, os adolescentes. A falta de conhecimento de jovens sobre os mecanismos de infecção do HIV demonstra um grande risco para a disseminação do vírus nesse grupo, sendo importante e conhecidamente vulneráveis, devido a precedentes biológicos e comportamentais, como a maior variedade de parceiros sexuais e o uso irregular de preservativo. Objetivos: Descrever a conjuntura da vulnerabilidade que envolve a prática sexual de adolescentes frente ao HIV. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, cujos artigos foram encontrados nas bases de dados SCIELO, Portal BVS e PUBMED, entre os anos de 2017 e 2020. Resultados: A adolescência e juventude são períodos de descobertas e amadurecimento, tanto emocional quanto físico. Porém, o estabelecimento de uma vida sexual saudável é dificultado perante a sociedade devido a noções e contextos socioculturoambientais estereotipados que criam uma falsa percepção de invulnerabilidade ao HIV. Um exemplo característico dessas noções é a submissão feminina às vontades do parceiro, sujeitando-se ao uso inadequado de preservativos, culminando na maior vulnerabilidade à infecção ao HIV. Ademais, vemos a iniciação sexual mais precoce quando comparada a outras gerações, sendo aos 15 anos tanto no sexo feminino quanto no masculino, que se demonstra outro fator que exacerba a exposição ao HIV, uma vez que quanto menor a idade menor a rede de apoio e condições de se proteger. Conclusão: A adolescência deve ser faixa etária vital como alvo da promoção e educação em saúde, sendo necessárias orientações direcionadas, ressaltando recortes de gênero e contextos socioculturais. Portanto, o início prematuro da vida sexual e o uso esporádico do preservativo contribuem na acentuação da vulnerabilidade de adolescentes perante ao HIV, fazendo-se necessário uma ampliação da oferta das formas de prevenção combinada, para assim, reduzir a propagação do HIV.