{"title":"“O som dos sinos”","authors":"Marcia Mansur, Marina Thomé","doi":"10.20396/proa.v9i1.17344","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em 2009, o Toque dos Sinos e o Ofício de Sineiro foram registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônios Culturais Imateriais Brasileiros. O registro é fruto de um inventário que mapeia, em 9 cidades de Minas Gerais, mais de 40 tipos de toques de sinos, que formam uma linguagem sonora através da qual moradores das cidades de Minas Gerais se comunicavam, sobretudo, entre os séculos XVII e XIX. Havia toques de sinos distintos para anunciar o falecimento de homem, de mulher ou de criança; outros toques identificavam missas, procissões, festas, incêndios, partos. Os toques dos sinos são uma forma de comunicação não-verbal, que trazem em si significados diversos, constituídos das memórias e histórias dos habitantes da região. Os sineiros, responsáveis por tocar os sinos, transmitem o conhecimento dos toques, badaladas, ritmo e harmonia para as novas gerações no contexto da tradição oral/aural. Ensina-se e aprende-se através de observação, escuta e prática, no alto das torres, durante as festividades, nos dias de missa – mas apenas nas horas propícias de se tocar o sino.","PeriodicalId":158674,"journal":{"name":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","volume":"100 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Proa: Revista de Antropologia e Arte","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/proa.v9i1.17344","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em 2009, o Toque dos Sinos e o Ofício de Sineiro foram registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônios Culturais Imateriais Brasileiros. O registro é fruto de um inventário que mapeia, em 9 cidades de Minas Gerais, mais de 40 tipos de toques de sinos, que formam uma linguagem sonora através da qual moradores das cidades de Minas Gerais se comunicavam, sobretudo, entre os séculos XVII e XIX. Havia toques de sinos distintos para anunciar o falecimento de homem, de mulher ou de criança; outros toques identificavam missas, procissões, festas, incêndios, partos. Os toques dos sinos são uma forma de comunicação não-verbal, que trazem em si significados diversos, constituídos das memórias e histórias dos habitantes da região. Os sineiros, responsáveis por tocar os sinos, transmitem o conhecimento dos toques, badaladas, ritmo e harmonia para as novas gerações no contexto da tradição oral/aural. Ensina-se e aprende-se através de observação, escuta e prática, no alto das torres, durante as festividades, nos dias de missa – mas apenas nas horas propícias de se tocar o sino.