{"title":"INTERSECCIONALIDADE E FEMINISMO NEGRO: AS ESTRATÉGIAS DE DOMÍNIO DE PODER FRENTE À RESISTÊNCIA CONSERVADORA","authors":"Y. Loureiro","doi":"10.26668/2525-9849/index_law_journals/2023.v9i1.9502","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo desse trabalho é demostrar como a interseccionalidade tem sido utilizada para explicar o patriarcado e o feminismo dentro de novas expectativas que incluam questões de raça, classe, gênero, orientação sexual, entre outras formas de discriminação. Utiliza-se uma metodologia bibliográfica especializada, em especial, de autoras que visualizam a condição social das mulheres de forma mais complexa, como Patricia Hill Collins, Sirma Bilge, e Silvia Federici. Como resultado, verificou-se a expressiva desvalorização do trabalho das mulheres, acentuada por meio da colonização e da escravidão negra em larga escala a partir do século XVII. Os dados são alarmantes no sentido de que as mulheres negras e pardas são as vítimas preferenciais da violência letal. Dessa forma, é importante a busca por novas fontes de debate no feminismo negro e descolonial, destacando-se a doutrina de Judith Butler, Françoise Vergès, Patricia Hill Collins, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro, entre outras. O conservadorismo e o feminismo negro possuem estratégias próprios para influenciar a formação da legislação, um jogo de avanços e retrocessos de parte a parte. A predominância do patriarcado tem sido desafiada pelas teorias do feminismo negro descolonial.","PeriodicalId":143672,"journal":{"name":"Revista de Gênero, Sexualidade e Direito","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Gênero, Sexualidade e Direito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26668/2525-9849/index_law_journals/2023.v9i1.9502","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo desse trabalho é demostrar como a interseccionalidade tem sido utilizada para explicar o patriarcado e o feminismo dentro de novas expectativas que incluam questões de raça, classe, gênero, orientação sexual, entre outras formas de discriminação. Utiliza-se uma metodologia bibliográfica especializada, em especial, de autoras que visualizam a condição social das mulheres de forma mais complexa, como Patricia Hill Collins, Sirma Bilge, e Silvia Federici. Como resultado, verificou-se a expressiva desvalorização do trabalho das mulheres, acentuada por meio da colonização e da escravidão negra em larga escala a partir do século XVII. Os dados são alarmantes no sentido de que as mulheres negras e pardas são as vítimas preferenciais da violência letal. Dessa forma, é importante a busca por novas fontes de debate no feminismo negro e descolonial, destacando-se a doutrina de Judith Butler, Françoise Vergès, Patricia Hill Collins, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro, entre outras. O conservadorismo e o feminismo negro possuem estratégias próprios para influenciar a formação da legislação, um jogo de avanços e retrocessos de parte a parte. A predominância do patriarcado tem sido desafiada pelas teorias do feminismo negro descolonial.