Camila Pinheiro Anzini, Eloisa Capeletto, G. Costa, Mikeller Freire de Lima, Thaís Caroline de Souza, M. Schulze
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Abstract
O racismo, amparado por interesses políticos e sociais, pressupõe a existência de uma etnia superior e outra inferior. Tal fato é aparente em diversas esferas da sociedade e justifica fenômenos como a desigualdade e a discriminação racial, os quais acompanham a história de segregação nas relações sociais brasileiras, inclusive na preferência dos pretendentes à adoção. Assim, partindo da ideia de que grande parte das crianças institucionalizadas é negra e com idade superior a cinco anos, esse estudo propõe-se a discutir o preconceito como um dos motivos de maior influência no momento da adoção. Um dos pilares que sustentam esse tipo de convencionalismo é a importância dada aos laços sanguíneos, que fazem com que casais interessados em adotar “filtrem” a criança, encaixando-a em padrões que se assemelham a suas próprias características.