{"title":"CONVERSANDO SOBRE NOVAS PRÁTICAS PARA - QUEBRAR PRECONCEITOS EM RELAÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS","authors":"Ketlen Lima de Souza, Selmo Azevedo Apontes","doi":"10.29327/210932.8.2-25","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Algumas vezes, as mudanças de dispositivos legais educacionais em relação à alguma temática para propor novos comportamentos de respeito, de uma convivência para harmonia das relações interétnicas, é um importante passo. Mas a legislação por si mesma não resolve a problemática, como no caso do enfrentamento a práticas social e culturalmente construídas, tais como as questões afro e indígena. A legislação é apenas um dos passos. Os demais requerem ações efetivas, planejadas, direcionadas para um público, como é o caso de subsídios para formação de professores do Ensino Fundamental e Médio. Sabemos que, na área de pesquisa acadêmica, muita coisa vem sendo feito nas últimas três décadas, no tocante aos estudos da temática dos formadores do povo e da cultura brasileira. No entanto, esses materiais acadêmicos necessitam chegar à base do núcleo formativo os professores da educação: fundamental e médio para que se possa gestar, a partir de novas práticas educativas, um novo comportamento: novas relações de respeito ao diferente e convívio com o diverso. Afinal, foram esses dois núcleos os grandes formadores da cultura brasileira, e nada mais justo que se conheçam as trajetórias históricas para se entender como é o comportamento social em relação ao negro e ao índio, e de como esse comportamento é o resultado de uma construção histórica. E se é uma construção, através do sistema educativo, pode ser construído, também, novas práticas e novas relações. O livro das autoras Célia Collet, Mariana Paladino e Kelly Russo, publicado no Rio de Janeiro pela Contra Capa Livraria e LACED Laboratório de Pesquisas em Etnicidade Cultura e Desenvolvimento da UFRJ, no ano de 2014, com 109 páginas, é uma das construções finais do trabalho de pesquisa, prática docente e da extensão universitária das mesmas, partindo da crítica ao modo como se aprende/ensina sobre Culturas e Histórias Indígenas nas salas de aulas do nosso país. Esse modo, por sua vez, corresponde a uma prática ultrapassada que remonta os mesmos processos utilizados no período de 60 a 80 anos atrás.","PeriodicalId":285093,"journal":{"name":"Muiraquitã - Revista de Letras e Humanidades","volume":"275 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Muiraquitã - Revista de Letras e Humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29327/210932.8.2-25","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Algumas vezes, as mudanças de dispositivos legais educacionais em relação à alguma temática para propor novos comportamentos de respeito, de uma convivência para harmonia das relações interétnicas, é um importante passo. Mas a legislação por si mesma não resolve a problemática, como no caso do enfrentamento a práticas social e culturalmente construídas, tais como as questões afro e indígena. A legislação é apenas um dos passos. Os demais requerem ações efetivas, planejadas, direcionadas para um público, como é o caso de subsídios para formação de professores do Ensino Fundamental e Médio. Sabemos que, na área de pesquisa acadêmica, muita coisa vem sendo feito nas últimas três décadas, no tocante aos estudos da temática dos formadores do povo e da cultura brasileira. No entanto, esses materiais acadêmicos necessitam chegar à base do núcleo formativo os professores da educação: fundamental e médio para que se possa gestar, a partir de novas práticas educativas, um novo comportamento: novas relações de respeito ao diferente e convívio com o diverso. Afinal, foram esses dois núcleos os grandes formadores da cultura brasileira, e nada mais justo que se conheçam as trajetórias históricas para se entender como é o comportamento social em relação ao negro e ao índio, e de como esse comportamento é o resultado de uma construção histórica. E se é uma construção, através do sistema educativo, pode ser construído, também, novas práticas e novas relações. O livro das autoras Célia Collet, Mariana Paladino e Kelly Russo, publicado no Rio de Janeiro pela Contra Capa Livraria e LACED Laboratório de Pesquisas em Etnicidade Cultura e Desenvolvimento da UFRJ, no ano de 2014, com 109 páginas, é uma das construções finais do trabalho de pesquisa, prática docente e da extensão universitária das mesmas, partindo da crítica ao modo como se aprende/ensina sobre Culturas e Histórias Indígenas nas salas de aulas do nosso país. Esse modo, por sua vez, corresponde a uma prática ultrapassada que remonta os mesmos processos utilizados no período de 60 a 80 anos atrás.