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Abstract
Na concepção sustentável, a mobilidade urbana precisa atender as necessidades atuais, considerando também o futuro, proporcionando impactos positivos na economia, no meio ambiente e na sociedade. No âmbito social, isso se torna possível quando seus benefícios são acessíveis a todos, evitando desigualdades, democratizando espaços e facilitando deslocamentos. Nesta perspectiva, a presença da ferrovia no espaço intraurbano constitui uma barreira física que condiciona e limita a mobilidade, resultando em um número reduzido de travessias ao longo de seu eixo que dificulta o acesso, segrega espaços, aumenta distâncias e tempo de deslocamento, influenciando a ocupação e o valor do solo urbano nas áreas lindeiras. Com base nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo geral identificar e analisar as travessias e conexões na periferia de Passo Fundo/RS, onde a Ferrovia do Trigo encontra-se em operação, com intuito de compreender a influência do efeito barreira na mobilidade urbana na região. Para tanto, os procedimentos metodológicos consistiram na construção de referencial bibliográfico sobre o assunto, além da elaboração de mapas demarcando pontos de travessia (rua/ferrovia) e sua respectiva abrangência. Na sequência, foi realizada a sistematização de informações de modo a construir uma visão crítico-analítica, associando os preceitos teóricos à base cartográfica elaborada. Os resultados indicam que a mobilidade urbana na região em que a ferrovia está inserida é condicionada pelo número reduzido de travessias possíveis, que totalizam apenas 6 (seis) numa extensão de 4,3 quilômetros, aumentando a distância e tempo de deslocamento de quem trafega pela área, um importante subcentro da cidade, que possui conexão com a área central por meio da Avenida Brasil.