{"title":"A EDUCAÇÃO ENQUANTO UM PROJETO CONTRA-HEGEMÔNICO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: A EXPERIÊNCIA DO MST NO SUDESTE PARAENSE","authors":"R. Miranda","doi":"10.33026/PEG.V22I1.8140","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Um dos pilares do projeto contra-hegemônico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se assenta na educação, que não pode ser confundida como um processo formal, restrito ao âmbito da escola. Nem mesmo a escola pode ser restrita a um espaço de repasse de informações disciplinares. Ao contrário, a educação compreende à um dos meios de emancipação dos sujeitos, por isso a necessidade de “ocupar as escolas” nos assentamentos e acampamentos. Nesse trabalho propomo-nos a analisar como esses espaços formativos são disputados territorialmente pelo MST a partir de uma proposta de construção de um projeto contra-hegemônico que, embora seja construído no sudeste paraense, se encontra articulado a outras escalas geográficas de luta camponesa. Para esse fim, realizamos trabalho de campo em nove assentamos entre 2014 e 2017, momento em que fizemos entrevistas semiestruturadas, observação sistemática e analise documental.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"248 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33026/PEG.V22I1.8140","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Um dos pilares do projeto contra-hegemônico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se assenta na educação, que não pode ser confundida como um processo formal, restrito ao âmbito da escola. Nem mesmo a escola pode ser restrita a um espaço de repasse de informações disciplinares. Ao contrário, a educação compreende à um dos meios de emancipação dos sujeitos, por isso a necessidade de “ocupar as escolas” nos assentamentos e acampamentos. Nesse trabalho propomo-nos a analisar como esses espaços formativos são disputados territorialmente pelo MST a partir de uma proposta de construção de um projeto contra-hegemônico que, embora seja construído no sudeste paraense, se encontra articulado a outras escalas geográficas de luta camponesa. Para esse fim, realizamos trabalho de campo em nove assentamos entre 2014 e 2017, momento em que fizemos entrevistas semiestruturadas, observação sistemática e analise documental.