{"title":"“SAI GORDURA TRANS, ENTRAM VEGETAIS ORGÂNICOS”: SERIAM AS LÓGICAS TAYLORISTA E FORDISTA DOS FAST FOODS COM TEMPERO DE PÓS-MODERNIDADE?","authors":"Monique Medeiros","doi":"10.18542/ethnoscientia.v7i4.12802","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Concomitante ao decorrer dos anos e à facilitação ao acesso à informação, novas preocupações acometem a sociedade levando consumidores a questionarem seus hábitos alimentares. Com a atenção voltada a este consumidor, grandes empresas de fast food incorporaram hortaliças, carnes magras e sucos naturais a seus cardápios. Nesse nicho de mercado é que alimentos orgânicos conquistam espaço. Possuir rótulos de orgânicos em produtos comercializados nessas lojas pode evocar a imagem de um alimento produzido de forma mais simples, livre de produtos químicos industrializados, no entanto, a contradição se dá quando analisamos que a existência desse rótulo é produto da própria indústria. As transformações nos padrões de consumo, e consequentemente no fornecimento de alimentos, que ocorreram nos últimos tempos nos levam a questionar: quais os reais motivos que levam os consumidores a procurar alimentos mais saudáveis? O que motiva a incorporação de alimentos orgânicos nos cardápios de fast food? O que significa associar alimentos orgânicos a uma lógica de comercialização e distribuição de produtos alicerçada a uma organização empresarial taylorista/fordista? Com o intuito de refletir sobre esses questionamentos, o presente artigo se embasa em estudos acadêmicos e publicações não científicas da primeira década dos anos 2000, momento de maior emergência dos alimentos orgânicos nas redes de fast food no mundo.","PeriodicalId":154983,"journal":{"name":"Ethnoscientia - Brazilian Journal of Ethnobiology and Ethnoecology","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ethnoscientia - Brazilian Journal of Ethnobiology and Ethnoecology","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18542/ethnoscientia.v7i4.12802","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Concomitante ao decorrer dos anos e à facilitação ao acesso à informação, novas preocupações acometem a sociedade levando consumidores a questionarem seus hábitos alimentares. Com a atenção voltada a este consumidor, grandes empresas de fast food incorporaram hortaliças, carnes magras e sucos naturais a seus cardápios. Nesse nicho de mercado é que alimentos orgânicos conquistam espaço. Possuir rótulos de orgânicos em produtos comercializados nessas lojas pode evocar a imagem de um alimento produzido de forma mais simples, livre de produtos químicos industrializados, no entanto, a contradição se dá quando analisamos que a existência desse rótulo é produto da própria indústria. As transformações nos padrões de consumo, e consequentemente no fornecimento de alimentos, que ocorreram nos últimos tempos nos levam a questionar: quais os reais motivos que levam os consumidores a procurar alimentos mais saudáveis? O que motiva a incorporação de alimentos orgânicos nos cardápios de fast food? O que significa associar alimentos orgânicos a uma lógica de comercialização e distribuição de produtos alicerçada a uma organização empresarial taylorista/fordista? Com o intuito de refletir sobre esses questionamentos, o presente artigo se embasa em estudos acadêmicos e publicações não científicas da primeira década dos anos 2000, momento de maior emergência dos alimentos orgânicos nas redes de fast food no mundo.