Vânia Da Costa, Yara Juanga, Letícia Janota, Felizardo Nataniel, Carlos Catraio
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Abstract
O tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejecção reduzida (ICFER), evoluiu bastante nos últimos anos, mudando o paradigma do que era nos anos 60 e diminuindo a taxa de mortalidade e morbilidade, melhorando o prognóstico. Cerca de 40 % dos doentes com insuficiência cardíaca com fração de ejecção reduzida (ICFER), devem ter melhora da fracção de ejecção superior ou igual á 10 pontos da FEVE basal, com tratamento médico optimizado. Relatamos o caso de um doente de 43 anos de idade, masculino, negro. hipertenso há cerca de 3 anos e hábitos etílicos marcados (35g ou 3 doses diário), abandono há mais de 2 anos. Admitido no serviço de cardiologia do Hospital Militar Principal/ Instituto Superior por um quadro de insuficiência cardíaca descompensada. O ecocardiograma transtorácico revelou cardiomiopatia dilatada com função sistólica do ventrículo esquerdo (FEVE) severamente comprometida (FEVE:24% método de Simpson). Foi instituído tratamento farmacológico com os 4 pilares para ICFEr, incluindo os inibidores da SGLT2 (co-transpotador do sódio glucose 2), fármacos que melhoram os sintomas (furosemida) e tratamento não farmacológico (mudança do estilo de vida). Após seguimento de mais ou menos 6 meses, observou-se que houve uma melhoria clínica e ecocardiográfica significativa, superior á 10 pontos da FEVE basal. Actualmente apresenta FEVE 53%, com melhoria clínica, em classe funcional I NYHA, e sem rehospitalização. Conforme descrito na literatura, apesar de ter apresentado melhoria significativa da fracção de ejecção, mantém o cumprimento terapêutico de todos os fármacos acima descritos e as medidas não farmacológicas.