Cláudia Borragini Abuchaim, João Hilton Sayeg de Siqueira
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Abstract
Este artigo tem por tema um estudo do processo de conscientização da personagem Ana, do conto Amor, de Clarice Lispector, por meio da vivência de uma epifania perversa que permite à personagem a lucidez de sua situação como mulher, dona de casa, esposa e mãe. Para analisar a narrativa, em suas dimensões enigmática e reveladora, considerando, como Perrone-Moisés (1990), que o texto ficcional, “ao falhar” com a realidade, diz muito mais do que pretendia dizer, adota-se, o método interpretativista, obedecendo, segundo Sant’Anna e Colasanti (2013), a sequência sintagmática: início, clímax e desfecho; manifestada em pré-clímax, clímax e pós-clímax, que corresponde também a uma progressão da própria epifania: pré-epifania, epifania e pós-epifania.