{"title":"Quem avalia os futuros professores? Perceções a partir dos relatórios de estágio","authors":"Pedro Duarte, Ana Isabel Moreira","doi":"10.17398/2531-0968.13.08","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pode enquadrar-se no âmbito da reflexão mais alargada alusiva à formação inicial de professores. O mote do mesmo relaciona-se com a identificação das áreas científicas que se privilegiam nos júris das (obrigatórias por lei) defesas públicas do relatório de estágio, no último ano do Mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º ciclo do Ensino Básico, considerando o doutoramento e os domínios de investigação dos arguentes. Por via da informação disponibilizada nas páginas de internet das instituições portuguesas de Ensino Superior que incluem tal mestrado na sua oferta formativa, foi possível reunir uma amostra de quarenta sujeitos, remontando, o mais tardar, às provas acontecidas no ano de 2020, e até à atualidade (2023).Os dados recolhidos permitem-nos, desde logo, constatar que há uma preponderância dos domínios da área da docência no que diz respeito aos doutoramentos dos jurados principais convidados para as mencionadas provas públicas, bem como uma nula representatividade da área cultural, social e ética, aludindo à terminologia prevista na legislação em vigor. Além disso, torna-se evidente uma certa tendência para a disciplinarização do mestrado, pela consideração de arguentes com uma investigação vinculada às áreas do Português ou da História (às vezes, ao seu ensino), mas nenhum especialista no que concerne ao 1.º ciclo do Ensino Básico.No fim, assume-se que este pode ser apenas o início, uma análise exploratória, para novas pesquisas ligadas ao tema ou suas derivações.","PeriodicalId":0,"journal":{"name":"","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17398/2531-0968.13.08","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo pode enquadrar-se no âmbito da reflexão mais alargada alusiva à formação inicial de professores. O mote do mesmo relaciona-se com a identificação das áreas científicas que se privilegiam nos júris das (obrigatórias por lei) defesas públicas do relatório de estágio, no último ano do Mestrado em Ensino do 1.º ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º ciclo do Ensino Básico, considerando o doutoramento e os domínios de investigação dos arguentes. Por via da informação disponibilizada nas páginas de internet das instituições portuguesas de Ensino Superior que incluem tal mestrado na sua oferta formativa, foi possível reunir uma amostra de quarenta sujeitos, remontando, o mais tardar, às provas acontecidas no ano de 2020, e até à atualidade (2023).Os dados recolhidos permitem-nos, desde logo, constatar que há uma preponderância dos domínios da área da docência no que diz respeito aos doutoramentos dos jurados principais convidados para as mencionadas provas públicas, bem como uma nula representatividade da área cultural, social e ética, aludindo à terminologia prevista na legislação em vigor. Além disso, torna-se evidente uma certa tendência para a disciplinarização do mestrado, pela consideração de arguentes com uma investigação vinculada às áreas do Português ou da História (às vezes, ao seu ensino), mas nenhum especialista no que concerne ao 1.º ciclo do Ensino Básico.No fim, assume-se que este pode ser apenas o início, uma análise exploratória, para novas pesquisas ligadas ao tema ou suas derivações.