{"title":"Manter-se desperto na cidade-dormitório: São Gonçalo-RJ e a cristalização de representações","authors":"Marco Lourenço Nepomuceno","doi":"10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.195629","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Entende-se que o conceito de cidade-dormitório, há muito presente nas discussões sobre São Gonçalo-RJ, provoca uma ausência: as várias possibilidades de ver e representar a cidade se ofuscam sob a onipresença desse conceito. Procuramos tratar das implicações da cristalização de certas representações que se conformam em torno dele. Entende-se que, quando deixa de ser mediação entre o vivido e o concebido, o conceito pode se cristalizar e bloquear o entendimento. Neste artigo, recuperamos alguns usos do conceito cidade-dormitório na Região Metropolitana do Rio de Janeiro confrontando-os com dados da realidade atual do município. Também discutimos implicações simbólicas e materiais devidas à cristalização dessas representações, acompanhadas de seu papel na produção do espaço da cidade. Como resultado de pesquisa, concluímos que é preciso fazer emergir um entendimento que ultrapasse a primazia do centro metropolitano; há que compreender as representações para deslindar seus nós, observá-las para ver além delas.","PeriodicalId":30759,"journal":{"name":"GEOUSP Espaco e Tempo","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"GEOUSP Espaco e Tempo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.195629","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Entende-se que o conceito de cidade-dormitório, há muito presente nas discussões sobre São Gonçalo-RJ, provoca uma ausência: as várias possibilidades de ver e representar a cidade se ofuscam sob a onipresença desse conceito. Procuramos tratar das implicações da cristalização de certas representações que se conformam em torno dele. Entende-se que, quando deixa de ser mediação entre o vivido e o concebido, o conceito pode se cristalizar e bloquear o entendimento. Neste artigo, recuperamos alguns usos do conceito cidade-dormitório na Região Metropolitana do Rio de Janeiro confrontando-os com dados da realidade atual do município. Também discutimos implicações simbólicas e materiais devidas à cristalização dessas representações, acompanhadas de seu papel na produção do espaço da cidade. Como resultado de pesquisa, concluímos que é preciso fazer emergir um entendimento que ultrapasse a primazia do centro metropolitano; há que compreender as representações para deslindar seus nós, observá-las para ver além delas.