Larissa Veras Menezes, Fernanda Rossi Bazzanella, Ludmila Frutuozo Silveira Medronho, Victor Faria de Oliveira
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Abstract
Objetivo: Realizar uma crítica literária sobre os aspectos que impactam a imunização materna, analisando a cobertura vacinal contra a influenza e hepatite B em gestantes em algumas regiões do Brasil. Fonte de dados: Os dados foram coletados das plataformas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed) e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), utilizando-se os indexadores "vacinação na gestação" e "vaccination in pregnancy". Utilizou-se como filtro os trabalhos publicados nos últimos cinco anos. Seleção de estudos: Avaliaram-se 15 estudos prévios sobre o tema, realizando, por fim, a seleção de 6 destes para uma melhor compreensão dos resultados obtidos. Os critérios abrangeram o grau de relevância científica do estudo, a preferência por estudos nacionais, a metodologia empregada e o embasamento teórico. Coleta de dados: Os dados dos estudos avaliados foram coletados do SI-PNI e por meio de questionários realizados para as gestantes, referentes aos registros de doses da vacina contra influenza e hepatite B. Resultados: Observou-se que o percentual da cobertura vacinal de gestantes contra influenza foi variável ao longo dos anos, atingindo 85%, em 2018, e 80%, em 2020, na região de Minas Gerais. Na mesma região, a menor taxa de cobertura foi em 2011, com 49% das gestantes, e a maior em 2015, com 88% destas. Quanto à vacinação contra hepatite B, cerca de 80% das gestantes avaliadas não apresentaram comprovante, inferindo, assim, cobertura inferior a 20%. Ressaltou-se ainda uma disparidade no quantitativo vacinal de acordo com a região analisada, sabendo-se que em São Paulo a cobertura contra hepatite B foi superior a 70%. Conclusão: Entende-se que a cobertura vacinal das gestantes não atinge as metas exigidas pelo Ministério da Saúde, que seriam de 90%. Sabendo-se que a vacinação de gestantes deve ocorrer de maneira homogênea no país, no sentido de garantir a saúde materno-infantil, o serviço de saúde deve se adequar às necessidades de cada região, seja em caráter informativo ou organizacional, a fim de minimizar os impactos socioeconômicos sobre a saúde da população.