{"title":"Hannah Arendt e a educação dos recém-chegados","authors":"João Pedro Andrade de Campos","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3410","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, buscaremos refletir sobre como Hannah Arendt concebe um certo tipo de educação ao mesmo tempo conservadora e revolucionária. Este será, assim como a indicação de que pensar sobre a questão educacional das crianças e jovens diz respeito a uma crise mais geral na modernidade, um ponto de tensionamento rumo à hipótese segundo a qual é possível refletir sobre como inserir os imigrantes, refugiados ou apátridas em um local ao qual se dirigiram e que lhes é estranho. Para tanto, o fio condutor desta argumentação será o conceito de natalidade, pois consideramos ser a partir dele que Arendt evoca a radicalidade da qual todos os seres humanos são portadores, isto é, a potencialidade de começar algo novo. Assim, articulam-se os tensionamentos entre conservar um mundo que é precedente aos que lhe são recém-chegados, tanto as crianças como os migrantes, ao mesmo tempo em que estes adicionam algo de si mesmo neste mundo para os que ainda estão por vir.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Griot-Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3410","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"PHILOSOPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo, buscaremos refletir sobre como Hannah Arendt concebe um certo tipo de educação ao mesmo tempo conservadora e revolucionária. Este será, assim como a indicação de que pensar sobre a questão educacional das crianças e jovens diz respeito a uma crise mais geral na modernidade, um ponto de tensionamento rumo à hipótese segundo a qual é possível refletir sobre como inserir os imigrantes, refugiados ou apátridas em um local ao qual se dirigiram e que lhes é estranho. Para tanto, o fio condutor desta argumentação será o conceito de natalidade, pois consideramos ser a partir dele que Arendt evoca a radicalidade da qual todos os seres humanos são portadores, isto é, a potencialidade de começar algo novo. Assim, articulam-se os tensionamentos entre conservar um mundo que é precedente aos que lhe são recém-chegados, tanto as crianças como os migrantes, ao mesmo tempo em que estes adicionam algo de si mesmo neste mundo para os que ainda estão por vir.