Pub Date : 2023-11-02DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3611
Christiano Pereira de Almeida
Este artigo tem como objetivo analisar o modo como a linguagem religiosa é tratada por Wittgenstein, recorrendo, para isso, a alguns dos seus escritos que tangenciam esse tema. Inicialmente, será feita a exposição de alguns aspectos importantes de sua filosofia, em especial aqueles que abordam as relações entre linguagem e realidade, seja nos seus escritos iniciais, como no Tractatus Logico-Philosophicus, seja em sua filosofia tardia, que tem as Investigações Filosóficas como sua obra mais emblemática. Após a exposição e a análise do modo como a linguagem religiosa é tratada nos diferentes momentos de sua filosofia, será feita uma avaliação crítica de suas propostas.
{"title":"Wittgenstein e a linguagem religiosa","authors":"Christiano Pereira de Almeida","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3611","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3611","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar o modo como a linguagem religiosa é tratada por Wittgenstein, recorrendo, para isso, a alguns dos seus escritos que tangenciam esse tema. Inicialmente, será feita a exposição de alguns aspectos importantes de sua filosofia, em especial aqueles que abordam as relações entre linguagem e realidade, seja nos seus escritos iniciais, como no Tractatus Logico-Philosophicus, seja em sua filosofia tardia, que tem as Investigações Filosóficas como sua obra mais emblemática. Após a exposição e a análise do modo como a linguagem religiosa é tratada nos diferentes momentos de sua filosofia, será feita uma avaliação crítica de suas propostas.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"16 32","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135973630","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3548
Gabriel Chiarotti Sardi, Marcos Rodrigues da Silva
O argumento da abdução de Charles Peirce, ou raciocínio abdutivo, frequentemente foi identificado na literatura de Filosofia da Ciência com o argumento da inferência da melhor explicação (IBE) de Gilbert Harman. Essa identificação, embora muito comum, foi esclarecida como um equívoco, visto que enquanto a abdução descreve um processo gerativo de teorias, a IBE de Harman trata de um processo seletivo entre alternativas teóricas rivais. Todavia, Peter Lipton, buscando desenvolver IBE, apresentou uma estrutura muito similar à abdução peirciana com a finalidade de oferecer um modelo capaz de descrever tanto os momentos de geração, quanto de seleção de teorias. O objetivo deste artigo é o de mostrar que as duas diferentes concepções de IBE (a de Harman e de Lipton) implicam diferentes concepções sobre a própria noção de aceitação: enquanto Harman deixa a aceitação para uma etapa avaliatória final, Lipton coloca a aceitação no interior do processo de geração de uma produção científica.
{"title":"A distinção entre geração e aceitação de teorias científicas: um problema para a inferência da melhor explicação","authors":"Gabriel Chiarotti Sardi, Marcos Rodrigues da Silva","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3548","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3548","url":null,"abstract":"O argumento da abdução de Charles Peirce, ou raciocínio abdutivo, frequentemente foi identificado na literatura de Filosofia da Ciência com o argumento da inferência da melhor explicação (IBE) de Gilbert Harman. Essa identificação, embora muito comum, foi esclarecida como um equívoco, visto que enquanto a abdução descreve um processo gerativo de teorias, a IBE de Harman trata de um processo seletivo entre alternativas teóricas rivais. Todavia, Peter Lipton, buscando desenvolver IBE, apresentou uma estrutura muito similar à abdução peirciana com a finalidade de oferecer um modelo capaz de descrever tanto os momentos de geração, quanto de seleção de teorias. O objetivo deste artigo é o de mostrar que as duas diferentes concepções de IBE (a de Harman e de Lipton) implicam diferentes concepções sobre a própria noção de aceitação: enquanto Harman deixa a aceitação para uma etapa avaliatória final, Lipton coloca a aceitação no interior do processo de geração de uma produção científica.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808535","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3436
Luis Fernando Biasoli
A epistemologia cartesiana se insere num ousado projeto de superar as teorias do conhecimento antigo-medievais. As Medições Metafísicas, obra de Descartes, escrita em 1641, é o principal marco teórico da radical e inovadora ruptura filosófica empreendida neste período que tem grandes reflexos nos séculos seguintes. Quais os principais desafios teóricos enfrentados pelo cartesianismo, para solidificar e consolidar a Modernidade filosófica em bases científicas, por meio dos critérios da clareza e da distinção? Essa questão guia o presente artigo que, por meio de uma revisão bibliográfica, seguindo o método de análise crítico-investigativo, via releituras e interpretações de renomados comentaristas busca pôr em evidência os principais pontos para a fundamentação metafísica cartesiana da ciência. Os textos cartesianos concernentes à temática em tela de juízo crítico são escrutinados e revistos, buscando-se salientar seu ineditismo na história da filosofia Ocidental ao contrapô-los com as teorias da epistemologia e da teologia herdadas da tradição. O ideal de ciência cartesiano funda-se na indubitabilidade como critério último de certeza e supera as formas de ceticismo anteriores da história com impactos em todos os campos do saber humano. Conclui-se, cientes dos limites da presente investigação, que o pensamento cartesiano centra-se na primazia do pensamento e das ideias sobre os dados de origem sensível, para fundamentar sua visão de mundo e sua justificação da verdade, tendo, ainda, o conhecimento certo e verdadeiro da ideia de Deus como sustentáculo epistemológico das verdades, contudo, não mais o Deus da metafísica antigo-medieval.
{"title":"Os desafios da fundamentação metafísica cartesiana da ciência","authors":"Luis Fernando Biasoli","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3436","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3436","url":null,"abstract":"A epistemologia cartesiana se insere num ousado projeto de superar as teorias do conhecimento antigo-medievais. As Medições Metafísicas, obra de Descartes, escrita em 1641, é o principal marco teórico da radical e inovadora ruptura filosófica empreendida neste período que tem grandes reflexos nos séculos seguintes. Quais os principais desafios teóricos enfrentados pelo cartesianismo, para solidificar e consolidar a Modernidade filosófica em bases científicas, por meio dos critérios da clareza e da distinção? Essa questão guia o presente artigo que, por meio de uma revisão bibliográfica, seguindo o método de análise crítico-investigativo, via releituras e interpretações de renomados comentaristas busca pôr em evidência os principais pontos para a fundamentação metafísica cartesiana da ciência. Os textos cartesianos concernentes à temática em tela de juízo crítico são escrutinados e revistos, buscando-se salientar seu ineditismo na história da filosofia Ocidental ao contrapô-los com as teorias da epistemologia e da teologia herdadas da tradição. O ideal de ciência cartesiano funda-se na indubitabilidade como critério último de certeza e supera as formas de ceticismo anteriores da história com impactos em todos os campos do saber humano. Conclui-se, cientes dos limites da presente investigação, que o pensamento cartesiano centra-se na primazia do pensamento e das ideias sobre os dados de origem sensível, para fundamentar sua visão de mundo e sua justificação da verdade, tendo, ainda, o conhecimento certo e verdadeiro da ideia de Deus como sustentáculo epistemológico das verdades, contudo, não mais o Deus da metafísica antigo-medieval.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"43 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135869586","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3443
Pedro Fernandez de Souza
O tema do fragmento e do que é fragmentário perpassa a obra de Freud: pedaços de memórias, vestígios do passado, retalhos de textos são alguns dos elementos que figuram em sua prática empírica e em seu afazer teórico. Não somente o passado reaparece, no presente, por meio de fragmentos, mas também a verdade ou o significado (de um sonho, de um sintoma) pode emergir, na atividade interpretativa e terapêutica, em estado fragmentário. Neste texto, buscamos compreender o papel do fragmento dentro da teoria freudiana; para tanto, focamos nossa atenção no caso do Homem dos Lobos, no qual os fragmentos marcam presença de forma maciça. Nota-se que eles atuam em três dimensões distintas e complementares: a) no próprio conteúdo da neurose analisada; b) no decorrer do tratamento analítico, ou melhor, no método freudiano; c) na redação do caso clínico, isto é, na passagem do tratamento para o campo das palavras escritas. Estudando as relações entre esses três campos, vê-se emergir uma ética do fragmento freudiana, na qual nós, enquanto leitores, estamos sempre implicados.
{"title":"Freud e a ética do fragmento","authors":"Pedro Fernandez de Souza","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3443","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3443","url":null,"abstract":"O tema do fragmento e do que é fragmentário perpassa a obra de Freud: pedaços de memórias, vestígios do passado, retalhos de textos são alguns dos elementos que figuram em sua prática empírica e em seu afazer teórico. Não somente o passado reaparece, no presente, por meio de fragmentos, mas também a verdade ou o significado (de um sonho, de um sintoma) pode emergir, na atividade interpretativa e terapêutica, em estado fragmentário. Neste texto, buscamos compreender o papel do fragmento dentro da teoria freudiana; para tanto, focamos nossa atenção no caso do Homem dos Lobos, no qual os fragmentos marcam presença de forma maciça. Nota-se que eles atuam em três dimensões distintas e complementares: a) no próprio conteúdo da neurose analisada; b) no decorrer do tratamento analítico, ou melhor, no método freudiano; c) na redação do caso clínico, isto é, na passagem do tratamento para o campo das palavras escritas. Estudando as relações entre esses três campos, vê-se emergir uma ética do fragmento freudiana, na qual nós, enquanto leitores, estamos sempre implicados.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"78 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808404","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3483
Raimundo Fernández Mouján
Cuando Walter Benjamin desarrolla en el “Prólogo epistemocrítico” de El origen del Trauerspiel alemán la más extensa de las presentaciones de su teoría del conocimiento (así como la única publicada en vida), lo hace a partir de una explícita reinterpretación de la filosofía platónica, en particular de su “doctrina de las ideas”. Este artículo se propone investigar las afinidades entre el prólogo de Benjamin y la filosofía platónica, poniendo especial énfasis en las relaciones entre los desarrollos metodológicos de ambos autores, es decir entre la “forma de la exposición” de Benjamin y la dialéctica de Platón. A partir de explorar estas relaciones, se busca poner de relieve una visión de la filosofía que ambos autores comparten, y de la que se quiere señalar la originalidad, potencia y actualidad.
{"title":"Walter Benjamin platónico: la “forma de la exposición” en el “prólogo epistemocrítico” y la dialéctica platónica","authors":"Raimundo Fernández Mouján","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3483","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3483","url":null,"abstract":"Cuando Walter Benjamin desarrolla en el “Prólogo epistemocrítico” de El origen del Trauerspiel alemán la más extensa de las presentaciones de su teoría del conocimiento (así como la única publicada en vida), lo hace a partir de una explícita reinterpretación de la filosofía platónica, en particular de su “doctrina de las ideas”. Este artículo se propone investigar las afinidades entre el prólogo de Benjamin y la filosofía platónica, poniendo especial énfasis en las relaciones entre los desarrollos metodológicos de ambos autores, es decir entre la “forma de la exposición” de Benjamin y la dialéctica de Platón. A partir de explorar estas relaciones, se busca poner de relieve una visión de la filosofía que ambos autores comparten, y de la que se quiere señalar la originalidad, potencia y actualidad.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"67 4-5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135870335","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3466
Iris Uribe
O nexo decisivo da teoria da arte em Luigi Pareyson consiste em uma metafísica da criação artística. No texto que propomos aqui, o cerne da questão é o ser que acontece - Acontecer - não significa para Pareyson o Ereignis heideggeriano, mas o acontecer na arte e na pessoa. É na arte, que pode ser entendida a teoria da formatividade onde todo operar humano é uma feitura de formas reunidas na noção de obra-forma. Os aspectos da operatividade humana têm um caráter essencial de formatividade, concretizando-se em um acontecer que resulta em obras. Mas, só fazendo-se forma é que a obra acontece em sua irrepetível realidade; separada de seu autor e adquirindo vida própria, na sua indivisível unidade, abrindo-se à exigência e ao reconhecimento de seu valor singular e irrepetível. Formatividade é produção artística, feitura-invenção-acontecimento até a sua recepção pública. A experiência estética e a experiência concreta caminham de mãos dadas. O artista, ao criar, inventa leis e ritmos totalmente novos, por meio de uma livre escolha sugerida, tanto pela tradição cultural quanto pelo mundo físico, um acontecer cuja decodificação ocorre pela perseverança e dedicação do artista. Infere-se, pois, que o cerne da formatividade é a recorrência direta à experiência. É nesse sentido que ao longo do texto se evidenciará a visão receptiva, inventiva e produtiva, simultaneamente; o acontecer segue a inteireza própria da formação da obra de arte e da ideia de Obra-forma; a feitura-criação da arte e sua inseparabilidade.
{"title":"O ser que acontece em Luigi Pareyson","authors":"Iris Uribe","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3466","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3466","url":null,"abstract":"O nexo decisivo da teoria da arte em Luigi Pareyson consiste em uma metafísica da criação artística. No texto que propomos aqui, o cerne da questão é o ser que acontece - Acontecer - não significa para Pareyson o Ereignis heideggeriano, mas o acontecer na arte e na pessoa. É na arte, que pode ser entendida a teoria da formatividade onde todo operar humano é uma feitura de formas reunidas na noção de obra-forma. Os aspectos da operatividade humana têm um caráter essencial de formatividade, concretizando-se em um acontecer que resulta em obras. Mas, só fazendo-se forma é que a obra acontece em sua irrepetível realidade; separada de seu autor e adquirindo vida própria, na sua indivisível unidade, abrindo-se à exigência e ao reconhecimento de seu valor singular e irrepetível. Formatividade é produção artística, feitura-invenção-acontecimento até a sua recepção pública. A experiência estética e a experiência concreta caminham de mãos dadas. O artista, ao criar, inventa leis e ritmos totalmente novos, por meio de uma livre escolha sugerida, tanto pela tradição cultural quanto pelo mundo físico, um acontecer cuja decodificação ocorre pela perseverança e dedicação do artista. Infere-se, pois, que o cerne da formatividade é a recorrência direta à experiência. É nesse sentido que ao longo do texto se evidenciará a visão receptiva, inventiva e produtiva, simultaneamente; o acontecer segue a inteireza própria da formação da obra de arte e da ideia de Obra-forma; a feitura-criação da arte e sua inseparabilidade.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808402","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3423
Gabriel Bonesi Ferreira
Byung-Chul Han escreve sobre uma nova forma de niilismo que emerge principalmente a partir do século XXI na sociedade da informação. A partir disso, analiso como esse niilismo decorre da eliminação da verdade como critério orientativo individual e coletivo. Para Han, isso decorreria da emergência da informação como o novo critério de conhecimento, que se impõe como um dispositivo da sociedade atual por meio de sua grande produtibilidade rápida e quantitativa, voltada à aceleração, produção e exploração. Desse modo, as informações passam a assumir o lugar da verdade como narratividade, além de eliminar a diferença entre verdade e mentira, o que tem como principal consequência o abandono de modelos orientativos. Neste artigo, proponho apresentar as características do niilismo da sociedade da informação e classificá-lo, com base em referenciais teóricos de Deleuze sobre tema, como um niilismo ativo, posto que ao passo que nega os modelos de verdade conhecidos e existentes, tem uma postura e ação propositiva na produção de um novo modelo individual e social baseado no poder de afirmar.
{"title":"A sociedade da informação e o niilismo do século XXI","authors":"Gabriel Bonesi Ferreira","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3423","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3423","url":null,"abstract":"Byung-Chul Han escreve sobre uma nova forma de niilismo que emerge principalmente a partir do século XXI na sociedade da informação. A partir disso, analiso como esse niilismo decorre da eliminação da verdade como critério orientativo individual e coletivo. Para Han, isso decorreria da emergência da informação como o novo critério de conhecimento, que se impõe como um dispositivo da sociedade atual por meio de sua grande produtibilidade rápida e quantitativa, voltada à aceleração, produção e exploração. Desse modo, as informações passam a assumir o lugar da verdade como narratividade, além de eliminar a diferença entre verdade e mentira, o que tem como principal consequência o abandono de modelos orientativos. Neste artigo, proponho apresentar as características do niilismo da sociedade da informação e classificá-lo, com base em referenciais teóricos de Deleuze sobre tema, como um niilismo ativo, posto que ao passo que nega os modelos de verdade conhecidos e existentes, tem uma postura e ação propositiva na produção de um novo modelo individual e social baseado no poder de afirmar.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"15 4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3487
Wescley Fernandes Araujo Freire
O presente artigo tem como objetivo principal apresentar a origem e relevância teórica do conceito de aprendizagem social para o modelo habermasiano de Teoria Crítica, inicialmente a partir da obra Problemas de legitimação no capitalismo tardio (1973), assumido como categoria articuladora do liame entre a teoria da evolução social e a teoria da sociedade desenvolvidas pelo autor na obra Para a reconstrução do materialismo histórico (1976). Partindo da introdução do conceito científico-social de crise, Habermas esboça os pressupostos da teoria da evolução social ancorada na aprendizagem social, que articula os conceitos de lógica de desenvolvimento e dinâmica do desenvolvimento para explicar a emergência dos princípios de organização que, por sua vez, determinam os limites da capacidade de aprendizagem de uma sociedade, especialmente do ponto de vista do surgimento de novas estruturas normativas, representando um momento decisivo da integração social pós-convencional. Fundamentalmente, discuto o problema da institucionalização dos processos de aprendizagem nas sociedades do capitalismo tardio, onde prevalecem os imperativos sistêmicos da burocracia e da economia reguladores da complexidade do sistema social, cuja consequência consiste na dificuldade de conceber a esfera pública como lugar da aprendizagem social orientada pelo procedimento discursivo de fundamentação normativa tradutora de interesses generalizáveis. Em Problemas de legitimação no capitalismo tardio, Habermas não apenas articula pela primeira vez os conceitos de sistema e mundo da vida, mas igualmente principia as críticas à tese fundamental e o argumento central vinculados à reconstrução do materialismo histórico como teoria da evolução social em Para a reconstrução do materialismo histórico.
{"title":"Teoria crítica e evolução social (i): sobre a origem e relevância do conceito de aprendizagem social na obra habermasiana da década de 1970","authors":"Wescley Fernandes Araujo Freire","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3487","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3487","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo principal apresentar a origem e relevância teórica do conceito de aprendizagem social para o modelo habermasiano de Teoria Crítica, inicialmente a partir da obra Problemas de legitimação no capitalismo tardio (1973), assumido como categoria articuladora do liame entre a teoria da evolução social e a teoria da sociedade desenvolvidas pelo autor na obra Para a reconstrução do materialismo histórico (1976). Partindo da introdução do conceito científico-social de crise, Habermas esboça os pressupostos da teoria da evolução social ancorada na aprendizagem social, que articula os conceitos de lógica de desenvolvimento e dinâmica do desenvolvimento para explicar a emergência dos princípios de organização que, por sua vez, determinam os limites da capacidade de aprendizagem de uma sociedade, especialmente do ponto de vista do surgimento de novas estruturas normativas, representando um momento decisivo da integração social pós-convencional. Fundamentalmente, discuto o problema da institucionalização dos processos de aprendizagem nas sociedades do capitalismo tardio, onde prevalecem os imperativos sistêmicos da burocracia e da economia reguladores da complexidade do sistema social, cuja consequência consiste na dificuldade de conceber a esfera pública como lugar da aprendizagem social orientada pelo procedimento discursivo de fundamentação normativa tradutora de interesses generalizáveis. Em Problemas de legitimação no capitalismo tardio, Habermas não apenas articula pela primeira vez os conceitos de sistema e mundo da vida, mas igualmente principia as críticas à tese fundamental e o argumento central vinculados à reconstrução do materialismo histórico como teoria da evolução social em Para a reconstrução do materialismo histórico.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135808839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3441
Luciano Gomes Brazil
Neste artigo estudo uma disposição afetiva abordada por Walter Benjamin nas Teses sobre o conceito de história, mais precisamente, estudo a empatia (Einfühlung). Este afeto estaria presente no tipo de historiografia rejeitada pelo autor, uma vez que ela seria a “empatia pelos vencedores”. Trabalho no presente estudo com uma hipótese “ou-ou”. Benjamin diferencia dois tipos de escrita da história, a inautêntica e a autêntica: ou bem o historiógrafo parte do horror (Grauen) inerente aos acontecimentos históricos, ou bem ele elege certos passados e sente empatia (Einfühlung) pelos espólios da transmissão cultural. Também em outros escritos de Benjamin encontramos uma atribuição pejorativa à empatia, e a razão para tal, sugerimos, é a de que o historiador deve “fazer explodir” a linha de continuidade da história, enfatizando, em vez de um afeto conciliador ou mesmo apaziguador e conformista, o afeto colérico com relação aos acontecimentos opressores e, portanto, um aspecto “destrutivo”, “disruptivo” da história.
{"title":"Tristeza, cólera e a questão da empatia pelos vencedores: Walter Benjamin e a escrita disruptiva da história","authors":"Luciano Gomes Brazil","doi":"10.31977/grirfi.v23i3.3441","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i3.3441","url":null,"abstract":"Neste artigo estudo uma disposição afetiva abordada por Walter Benjamin nas Teses sobre o conceito de história, mais precisamente, estudo a empatia (Einfühlung). Este afeto estaria presente no tipo de historiografia rejeitada pelo autor, uma vez que ela seria a “empatia pelos vencedores”. Trabalho no presente estudo com uma hipótese “ou-ou”. Benjamin diferencia dois tipos de escrita da história, a inautêntica e a autêntica: ou bem o historiógrafo parte do horror (Grauen) inerente aos acontecimentos históricos, ou bem ele elege certos passados e sente empatia (Einfühlung) pelos espólios da transmissão cultural. Também em outros escritos de Benjamin encontramos uma atribuição pejorativa à empatia, e a razão para tal, sugerimos, é a de que o historiador deve “fazer explodir” a linha de continuidade da história, enfatizando, em vez de um afeto conciliador ou mesmo apaziguador e conformista, o afeto colérico com relação aos acontecimentos opressores e, portanto, um aspecto “destrutivo”, “disruptivo” da história.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"14 10","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135870415","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-31DOI: 10.31977/grirfi.v23i3.3470
Renato Belo
Esse artigo pretende explorar os temas do estatuto e da função do intelectual em dois autores significativos para a questão a partir do século XX: Julien Benda e Jean-Paul Sartre. Trata-se de revisitar as noções de autonomia e engajamento, fundamentais para uma compreensão comparativa entre os dois autores. O texto procura caracterizar de forma ampla o tipo de intelectual defendido por Benda no mesmo passo em que procura evidenciar a gênese e as condições de aparecimento do intelectual para Sartre. O Caso Dreyfus, momento histórico de surgimento do intelectual como o conhecemos, é revisitado a fim de estabelecermos um referencial concreto para as posições dos autores em discussão. A partir dos elementos levantados, procura-se argumentar no sentido das divergências entre Benda e Sartre sobre a natureza e o papel do intelectual, mas também propõe-se evidenciar o solo comum em que os dois autores parecem trafegar. O texto, ainda, aponta questões para se pensar o intelectual a partir das novas condições políticas e sociais na contemporaneidade.
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