{"title":"Equidade nos pagamentos das águas em Portugal: 2005-2016 e regiões NUT II","authors":"Carlota Quintal, Micaela Antunes, Rita Martins","doi":"10.59072/rper.vi66.295","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Alcançar, até 2030, ‘o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos’ é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, das Nações Unidas. Este trabalho aborda a dimensão da acessibilidade económica, sendo o seu objetivo geral avaliar a equidade nos pagamentos das águas em Portugal ao longo de uma década bem como nas suas regiões NUT II. Os dados provêm do Inquérito às Despesas das Famílias 2005/06; 2010/11 e 2015/2016. Para quantificar a disparidade entre os recursos das famílias e os seus pagamentos das águas, é estimado o índice de Kakwani (π_K) para perceber se estes pagamentos são proporcionais (π_K=0), regressivos (π_K<0) ou progressivos (π_K>0). Os 20% mais ricos gastaram com águas, em média, entre 2 e 2,7 vezes mais do que os 20% mais pobres. Contudo, a despesa total média dos mais ricos foi entre 5,4 e 6,9 vezes a dos mais pobres. Em 2015/2016, o peso médio da despesa com águas foi mais baixo na Madeira (1,32%) e mais alto nos Açores (1,79%). Os resultados para o índice de Kakwani confirmam a regressividade nos pagamentos das águas no país e nas suas regiões e sugerem um agravamento no tempo.","PeriodicalId":38424,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Estudos Regionais","volume":"2014 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Portuguesa de Estudos Regionais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.59072/rper.vi66.295","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Alcançar, até 2030, ‘o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos’ é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, das Nações Unidas. Este trabalho aborda a dimensão da acessibilidade económica, sendo o seu objetivo geral avaliar a equidade nos pagamentos das águas em Portugal ao longo de uma década bem como nas suas regiões NUT II. Os dados provêm do Inquérito às Despesas das Famílias 2005/06; 2010/11 e 2015/2016. Para quantificar a disparidade entre os recursos das famílias e os seus pagamentos das águas, é estimado o índice de Kakwani (π_K) para perceber se estes pagamentos são proporcionais (π_K=0), regressivos (π_K<0) ou progressivos (π_K>0). Os 20% mais ricos gastaram com águas, em média, entre 2 e 2,7 vezes mais do que os 20% mais pobres. Contudo, a despesa total média dos mais ricos foi entre 5,4 e 6,9 vezes a dos mais pobres. Em 2015/2016, o peso médio da despesa com águas foi mais baixo na Madeira (1,32%) e mais alto nos Açores (1,79%). Os resultados para o índice de Kakwani confirmam a regressividade nos pagamentos das águas no país e nas suas regiões e sugerem um agravamento no tempo.