{"title":"Da obra do gozo ou do sentido do sintoma: desordem simbólica e mínimo de Outro","authors":"Francisco Junior Lemes Santos","doi":"10.11606/issn.1981-1624.v28i2p264-276","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No fundamento do que o filósofo Dany-Robert Dufour chama de dessimbolização está o esvaecimento do grande Sujeito, o desaparecimento do Outro. Este, um conceito eminentemente psicanalítico, considerável no ensino do psicanalista Jacques-Marie Émile Lacan, do qual o filósofo francês se serve. Se foi possível a Dufour indicar um processo de dessimbolização, não é porque a questão do Outro permaneceu intacta. O fato é que, na psicanálise lacaniana, também não. Esta pesquisa bibliográfica toma o singular paradoxo apresentado por Dufour, que aventa um regozijo frente ao sofrimento imiscuído na dessimbolização, mas contornando-o sobretudo desde o último Lacan, isto é, a partir do Seminário 20, e de seus aliados, a fim de fornecer outros operadores que possam problematizar essa leitura. Os desdobramentos e resultados alcançam a inconsistência do Outro frente ao protagonismo do modo de gozar do parlêtre.","PeriodicalId":33891,"journal":{"name":"Estilos da Clinica","volume":"303 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estilos da Clinica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v28i2p264-276","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No fundamento do que o filósofo Dany-Robert Dufour chama de dessimbolização está o esvaecimento do grande Sujeito, o desaparecimento do Outro. Este, um conceito eminentemente psicanalítico, considerável no ensino do psicanalista Jacques-Marie Émile Lacan, do qual o filósofo francês se serve. Se foi possível a Dufour indicar um processo de dessimbolização, não é porque a questão do Outro permaneceu intacta. O fato é que, na psicanálise lacaniana, também não. Esta pesquisa bibliográfica toma o singular paradoxo apresentado por Dufour, que aventa um regozijo frente ao sofrimento imiscuído na dessimbolização, mas contornando-o sobretudo desde o último Lacan, isto é, a partir do Seminário 20, e de seus aliados, a fim de fornecer outros operadores que possam problematizar essa leitura. Os desdobramentos e resultados alcançam a inconsistência do Outro frente ao protagonismo do modo de gozar do parlêtre.